5 de agosto de 2007

Surpreendentemente, o senhor Presidente da República mostrou-se surpreendido com a demissão da senhora directora do Museu de Arte Antiga, pelo que é de presumir que não leu, nem lhe foi dado conhecimento, em devido tempo, do teor das duas entrevistas que a dita senhora deu ao jornal Público, uma antes e outra depois do seu despedimento. Só assim se compreende a sua surpresa. Na verdade, o que faria o senhor Presidente da República se, quando foi Primeiro Ministro, algum funcionário público fosse para os jornais censurá-lo, a ele e à sua política governamental? Mantinha-o no seu lugar, dando-lhe razão, ou punha-o a andar?

3 de agosto de 2007

O caso do Museu de Arte Antiga

A directora do Museu de Arte Antiga, cujo excelente trabalho ninguém contesta, não será reconduzida no seu cargo. Porquê? Muito simplesmente porque deu uma entrevista aos jornais em que criticou a política definida pelo Ministério da Cultura, censurou a ministra e o director do Instituto dos Museus e da Conservação, e declarou que se tudo continuasse como estava talvez não valesse a pena continuar. Ou seja "borrou" a pintura. Era inevitável que acontecesse o que aconteceu, depois de tais declarações públicas, por muitos elogios que se possam fazer ao seu trabalho. Aliás, a senhora directora, em segunda entrevista, já depois de lhe ter sido comunicada a decisão, afirmou que não se arrependia e voltaria fazer as mesma coisas, o que reforça a ideia que o despedimento era a única solução. Ninguém é insubstituível.

1 de agosto de 2007

Ainda o caso Charrua

A Ministra da Educação foi à Assembleia da República, à Comissão parlamentar de Educação, dar esclarecimentos sobre o caso Charrua. E eles foram que tinha havido insulto e não, apenas, uma piada jocosa, e que o mesmo fora proferido no local de trabalho, num espaço público, e ouvido por várias testemunhas. Estes factos não foram contestados, mas os deputados da oposição continuaram e continuam muito incomodados com os incómodos feitos ao dito Charrua.
Eles lá sabem porquê. Sobre que vi e ouvi na TV, e para finalizar, retive esta pérola informativa:
Um senhor deputado do PSD observou que no Porto era habitual as pessoas chamarem umas às outras aquilo que o senhor Charrua chamou ao Primeiro Ministro. Se não foi isto que ele quiz dizer, desde já, peço imensa desculpa.