Foi o Partido Socialista, o PS, que as ganhou, e bem, com mérito, mas não com a maioria absoluta, que desejaria e merecia. E porquê? Porque toda a oposição, direita e esquerda da esquerda, contra tal solução, encarniçadamente, lutou, apoiada pelo caso de Tancos lançado pelo M.P., e também, temos que o reconhecer, pela apatia e negligência da direcção do PS, que terá acreditado na clarividência do eleitorado, quando este bem mostrou a sua tacanhez, nas eleições anteriores de 2015, ao votar, maioritariamente, no PSD, apesar do que tinha sofrido, só por acreditar apático que não havia alternativa possível à troika de Passos Coelho.
Sim, o PS venceu as eleições, mas sem a temida maioria absoluta, e oxalá que os que acreditaram que essa era a melhor solução, a defenderam e ajudaram à sua concretização, não se venham a arrepender, e todos nós a sofrer
É certo, no entanto, que o número de deputados do PS, obtido, 106, é superior aos conseguidos por todos os partidos da direita, 84, o que compensa e alivia.
O PS pode, assim, com alguma segurança, avançar com um governo só seu, sem coligações, que é, aliás, o seu propósito intransigente, embora para haver uma indispensável estabilidade, deva fazer tudo para obter acordos e consensos, com os seus parceiros parlamentares, de esquerda.
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