18 de janeiro de 2021
O Manoja recorda
O meu velho NADIR, relógio de parede, acaba de bater a meia-noite, pelo que o Manojas já pode recordar que ontem, segunda feira, dia 18 de janeiro de 2021, a Helena e Eu, confinados, devido à madita pandemia, nesta velha casa onde vivo há 87 anos, festejamos, sem festa, trânquilos e bem dispostos, o 63º aniversário do nosso casamento.
Sim, a Helena e Eu, demos o laço matrimonial, no Registo Civil do 5º Conselho de Lisboa, em Campo d'Ourique, naquela manhã de domingo, fria mas luminosa, lembro que fui para lá a pé, agasalhado numa samarra, dia 18 de Janeiro de 1958.
Não fomos viajar, nem houve, por assim dizer, copo d'água. Comedidos, passámos o dia em casa, satisfazendo-nos com um almoço ajantarado na companhia de alguns familiares mais chegados. À noite fomos ao cinema. Ver o quê? Pois, uma tragédia de Shakespeare, Otelo, um filme do realizador russo Iútkevitch que a censura salazarista, distraída, deixara passar. Ssmpre era um filme soviético. "Um bom filme, mas que só tu te lembrarias de nos trazer a vê-lo, hoje", disse a Helena.
Ela tinha razão, mas nem por isso deixámos de ter a nossa noite de lua de mel.
"Parabéns por mais um ano de casamento feliz. Muitos beijos, fruto desse casamento de sucesso", menssajou-nos a nossa filha Teresa.
RECORDAÇÃO
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