29 de agosto de 2021

EU, CONTINUANDO A QUESTIONAR-ME:

 ONDE, QUANDO E COM QUEM TE SENTES OU ÉS MAIS FELIZ? Sou sempre ou sinto-me sempre feliz ao estar com a família, a mulher, os filhos e os netos, seja onde ou quando for. DIZ-ME UMA PERGUNTA A QUE AS CIRCUNSTÂNCIAS TE OBRIGUÉM, COM FREQUÊNCIA, A FAZER: Pelo menos duas: Onde estão os meus óculos? Onde está o meu telemóvel? Estou sempre a deixá-los, a ambos, em todo o lado. Os óculos porque não vejo bem ao longe, mas bem ao pé, e estou sempre a tirá-los para ler e escrever. O telemóvel porque devia andar com ele pendurado ao pescoço. HÁ ALGUMA DEFICIÊNCIA EM TI QUE GOSTARIAS DE TER SUBSTITUIDO, ELIMINADO, ALTERADO, SE PUDESSES? Sim, os meus ouvidos, que nunca foram de grande qualidade. Mesmo quando recorri aos aparelhos curriculares, a melhoria não foi muito significativa. Ainda por cima, em geral, a nossa articulação, não me excluo, não é grande coisa. CONCRETAMENTE A QUE TE REFERES? É que mesmo quando as palavras chegam aos meus ouvidos, muitas vezes não as consigo perceber. Nada a fazer! MUDANDO DE ASSUNTO. AS AUTÁRQUIQUAS SÃO DAQUI A UM MÊS OU À VOLTA DISSO. QUAL É A TUA PREVISÃO? A perspectiva é a vitória do PS com um resultado tão bom ou melhor que o das anteriores. Veremos! ACHAS QUE O ANTÓNIO COSTA PODERÁ VIR A TER MAIORIA ABSOLUTA NAS PRÓXIMAS LEGISLATIVAS? Penso que ele a merece e que é suficientemente sensato para não abusar dela e continuar a ter um bom relacionamento com os restantes partidos, ouvindo-os e colaborando com eles, em particular, naturalmente, os da sua área política, PCP. BE, Livre. Há muito a fazer e concretizar e quanto menos implicações houver, melhor. A QUE ÁREA POLÍTICA PERTENCES? Não é segredo, sou, politicamente, de esquerda, mas não militante partidário. Sou independente. QUE PERSONALIDADE POLÍTICA MAIS ADMIRAS OU ADMIRASTE? Duas que já cá não estão, mas inesquecíveis. Mário Soares e Álvaro Cunhal. QUEM SÃO OS ESCRITORES DE NÃO-FICÇÃO QUE MAIS ADMIRAS? São muitos e de várias áreas e para não, lembrar uns e esquecer outros, vou apenas recordar quatro livros, já deste século, que muito me agradaram e ensinaram. O primeiro de um autor holandês, "Nobreza de Espírito" (2011), de Rob Riemen, e os outros três de autores portugueses: "Camões e a Viagem Iniciática" (2013), de Helder Macedo, "Quem disser o contrário é porque tem razão" (2014), de Mário de Carvalho, "Neo-Realismo uma poética do Testemunho" (2018), de Manuel Gusmão. E já agora, porque falávamos de política, outro, também já deste século, "Porquê ler Marx hoje? (2003), de Jonathan Wolff. REALMENTE, DIZ LÁ, PARA QUÊ LER MARX HOJE? Porque o saber não ocupa lugar, porque é justo e útil saber mais do que já se sabe, saber o que se não sabe. O tema não é para ser discutido aqui e agora, claro, mas porque não enfrentar já, de espírito aberto, as teorias, conselhos, considerações, pensamentos, estudos, que Karl Marx nos deixou? O marxismo (não confundir com soviétismo) não morreu. O QUE CONSIDERAS SER O CÚMULO DA MISÉRIA? Após vinte e um séculos de vida, a própria miséria que ainda cobre uma boa parte do mundo, do nosso mundo: crianças com fome, pedintes, pessoas sem abrigo, a dormir na rua, a viver na rua, e eu sei, todos nós sabemos, o que mais, muito mais. O QUE CONSIDERAS SER O CÚMULO DA VERGONHA? Após vinte e um séculos de vida, a existência do CÚMULO DA MISÉRIA