Manuel José Trindade Loureiro.
Sou um cidadão comum com as virtudes e defeitos de um homem normal. Estudei, suficientemente, trabalhei, com seriedade e competência, reformei-me, na altura própria. Plantei árvores, tive filhos, escrevi livros. As árvores plantei-as era ainda muito novo, talvez uma ou duas pereiras, dois ou três pessegueiros. Os filhos, de um casamento feliz que completou cinquenta anos em Janeiro deste ano de 2008, são dois, um casal, de que me orgulho, e que já me deram os mais lindos dos netos. Os livros, também dois, eu próprio os editei, para oferecer a familiares e amigos. O primeiro, com o título, " Chandler & Marlowe", é sobre o escritor Raymond Chandler, os seus romances, e o detective Philip Marlowe que ele criou; o segundo, "Contos do (meu) entardecer", compõem-no sete contos com alguns traços autobiográficos. Sou um leitor compulsivo, cuja carreira foi balizada por cinco escritores: Emílio Salgari (A Revolta de Sandokan); Camilo Castelo Branco (O Romance de Um Homem Rico); Jorge Amado (Terras do Sem Fim); Raymond Chandler (O Imenso Adeus); José Saramago (Todos os Nomes). Entre parêntesis os livros deles que, por isto ou por aquilo, mais me tocaram.
Três modestas reflexões históricas, não muito precisas, da minha
memória, suscitadas pelas notícias, em geral, muito propagandeadas e mal
servidas, da nossa comunicação social, (jornaise TV) sobre o litígio Rússia/Ucrânia:
17 DE FEVEREIRO DE 2022
Muito do que tem acontecido no mundo, e está a acontecer, desde o fim
da Segunda Grande: divergências e conflitos armados entre países e povos em vez
de uma reconciliação e paz eternas, que era o que se desejaria, tem muito haver
com o facto dos E.U.A. terem resolvido ser “os donos disto tudo”, a U.E se ter
submetido, em parte, a tal propósito, (a Nato o confirma), que não foi aceite,
principalmente, pela União Soviética/ Rússia, e pela China, mas não só, com as
inevitáveis consequências.
17 DE FEVEREIRO DE 2022 ÀS 19:23
Os E.U.A, são uma grande potência, a maior e mais poderosa, mas onde
impera uma democracia que tem muito que se lhe diga. nem sempre de louvar. Já
foram à Lua e são quem tem mais prémios Nobel de Ciência e Cultura, mas onde
ainda há muita pobreza, violência e grave racismo. Foram um dos que venceram o
nazismo alemão, mas só foram à guerra depois de muitas ameaças, de muitas
pressões, e de o presidente ser o Roosevelt e não um Trump. Aceitaram na NATO a
ditadura salazarista. Nunca incomodaram a ditadura franquista. Dão-se bem com a
Arábia Saudita. E fico-me por aqui, embora houvesse muito mais para apontar. Os
E.U.A. são uma grande potência, uma grande democracia, mas que devido â sua
ganância e arrogância, são mais um factor de instabilidade mundial, do que o
contrário, como podiam e deviam ser.
18 DE FEVEREIRO DE 2022
Os E.U.A. ainda não desistiram. nem desistem, de serem "os donos
disto tudo", embora. actualmente. tenham a oposição, à sua ambição, de
dois países de peso: a Rússia europeia e a asiática China. Depois do fim da
Segunda Grande Guerra criaram, em 1949, a NATO (OTAN), uma aliança militar de
defesa colectiva entre os países norte americanos e europeus. Sediada em
Bruxelas, a NAO foi criada para defender a Europa. De quê? De quem? Pois,
naturalmente, da União Soviética que, embora com ajuda americana, foi a
verdadeira vencedora da Alemanha nazi, e se preparava para convencer e ajudar
os países seus vizinhos a serem repúblicas soviéticas, como aliás, com êxito, o
fez. O que verdadeiramente os americanos terão temido nunca terá sido uma
invasão militar, mas sim uma eventual invasão política (chame-se-lhe assim), da
ideologia comunista, da temida ditadura do proletariado. Por exemplo, a NATO,
que aceitou o Portugal salazarista na sua organização, não deixaria de reagir,
sem contemplações, se nas primeiras eleições democráticas no nosso país, após o
25 de Abril, o vencedor tivesse sido o PCP.
19 DE FEVEREIRO DE 2022
Deixem-me apenas acrescentar o seguinte:1 -A
Rússia e a Ucrânia, como países europeus, deviam pertencer à União Europeia,
que é, aliás, quem devia ser a intermediária para resolver o conflito. 2 - Já é
tempo da U.E. deixar de estar subordinada aos E.U.A. e de deixar de aceitar que
este seja ou venha a ser "o dono disto tudo".
19 DE FEVEREIRO DE 2022
Três modestas reflexões históricas, não muito precisas, da minha memória, suscitadas pelas notícias, em geral, muito propagandeadas e mal servidas, da nossa comunicação social, (jornais e TV) sobre o litígio Rússia/Ucrânia:
17 DE FEVEREIRO DE 2022
Muito do que tem acontecido no mundo, e está a acontecer, desde o fim da Segunda Grande: divergências e conflitos armados entre países e povos em vez de uma reconciliação e paz eternas, que era o que se desejaria, tem muito haver com o facto dos E.U.A. terem resolvido ser “os donos disto tudo”, a U.E se ter submetido, em parte, a tal propósito, (a Nato o confirma), que não foi aceite, principalmente, pela União Soviética/ Rússia, e pela China, mas não só, com as inevitáveis consequências.
Os E.U.A, são uma grande potência, a maior e mais poderosa, mas onde impera uma democracia que tem muito que se lhe diga. nem sempre de louvar. Já foram à Lua e são quem tem mais prémios Nobel de Ciência e Cultura, mas onde ainda há muita pobreza, violência e grave racismo. Foram um dos que venceram o nazismo alemão, mas só foram à guerra depois de muitas ameaças, de muitas pressões, e de o presidente ser o Roosevelt e não um Trump. Aceitaram na NATO a ditadura salazarista. Nunca incomodaram a ditadura franquista. Dão-se bem com a Arábia Saudita. E fico-me por aqui, embora houvesse muito mais para apontar. Os E.U.A. são uma grande potência, uma grande democracia, mas que devido â sua ganância e arrogância, são mais um factor de instabilidade mundial, do que o contrário, como podiam e deviam ser.
Os E.U.A. ainda não desistiram. nem desistem, de serem "os donos disto tudo", embora. actualmente. tenham a oposição, à sua ambição, de dois países de peso: a Rússia europeia e a asiática China. Depois do fim da Segunda Grande Guerra criaram, em 1949, a NATO (OTAN), uma aliança militar de defesa colectiva entre os países norte americanos e europeus. Sediada em Bruxelas, a NAO foi criada para defender a Europa. De quê? De quem? Pois, naturalmente, da União Soviética que, embora com ajuda americana, foi a verdadeira vencedora da Alemanha nazi, e se preparava para convencer e ajudar os países seus vizinhos a serem repúblicas soviéticas, como aliás, com êxito, o fez. O que verdadeiramente os americanos terão temido nunca terá sido uma invasão militar, mas sim uma eventual invasão política (chame-se-lhe assim), da ideologia comunista, da temida ditadura do proletariado. Por exemplo, a NATO, que aceitou o Portugal salazarista na sua organização, não deixaria de reagir, sem contemplações, se nas primeiras eleições democráticas no nosso país, após o 25 de Abril, o vencedor tivesse sido o PCP.
Deixem-me apenas acrescentar o seguinte: 1 - A Rússia e a Ucrânia, como países europeus, deviam pertencer à União Europeia, que é, aliás, quem devia ser a intermediária para resolver o conflito. 2 - Já é tempo da U.E. deixar de estar subordinada aos E.U.A. e de deixar de aceitar que este seja ou venha a ser "o dono disto tudo".