Pulido Valente, o comentador, muito apreciado em certas capelas, do jornal Público, onde se sente, naturalmente, como peixe na água, profetizava ontem, simpaticamente, para Portugal, o apodrecimento ao sol. Hoje a sua crónica regressa a um dos seus temas preferidos: Sócrates (não o filósofo, mas o nosso primeiro). A propósito da Educação, Pulido acusa Sócrates de "tomar medidas" sem as explicar. Por exemplo, as aulas de substituição. Mas é necessária uma grande explicação para se perceber que quando um professor falta, deve haver outro que o substitua para não deixar os alunos sem nada fazer ou fazer o que não devem? Por exemplo, o encerramento de escolas rurais. Mas não foi logo dito que elas encerravam, para que os poucos alunos que as frequentavam fossem para escolas de maior frequência e melhor funcionamento? Por exemplo, a liderança escolar. Mas é necessário explicar a necessidade das escolas terem uma liderança? Não tem sido visível? Mas não creio que tal medida não tenha sido explicada, nem descutida, julgo que ainda o esteja a ser, e creio que não será tomada de ânimo leve. Por exemplo, a introdução do inglês. Mas, então, para tomar tal medida, era necessário explicar quem o iria ensinar e como o faria?
Por exemplo, a avaliação dos professores. Como ninguém está contra a avaliação, assim o tenho ouvido, mas como poderá vir a ser feita, o dito "é melhor uma avaliação má do que nenhuma", tem a sua justificação. Uma avaliação má pode ser melhorada e tornar-se boa.
Pulido Valente sabe que não é "tomando medidas" que se reforma Portugal. Então como é? Isso ele não sabe e acredita que ninguém sabe, por isso condena condena o País a apodrecer ao sol.
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