Confirmou-se, Otelo Saraiva de Carvalho, o principal herói do 25 de abril, não teve direito, pela sua morte, a luto nacional. A justificação para tal recusa foi avançada pelo socialista António Costa, como Primeiro-ministro, aceite, sem surpresa, algo canhestramente, por Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República. Não foi decretado luto nacional pela morte de Otelo porque também não o tinha sido pela morte de outros heróis do 25 de abril, como Salgueiro Maia, Melo Antunes. Ou seja, em vez das desculpas pelo erro passado, corrigindo a injustiça, preferiu-se a mesquinhice, a hipocrisia, a intolerância, a irresponsabilidade, o oportunismo, escolha-se o termo. Preferiu-se alinhar com as anteriores decisões das duplas, Cavaco e Soares, no primeiro caso, Guterres e Sampaio, no segundo. De Cavaco era de esperar, dos outros três, nem por sombras, e sem grande contestação de qualquer quadrante como agora, embora não esquecendo as citadas no meu comentário anterior, do general Eanes, do poeta Alegre, da jornalista Sá Lopes, e também a do jornalista Amilcar Correia no editorial do Público, de hoje. Enfim! Velho, cansado, desiludido, decepcionado, muito, cada vez mais, penso que o meu voto, desta vez, vai ficar comigo em casa, na gaveta, e de lá já não sairá mais. Não aconselho a decisão a mais ninguém, só a mim, naturalmente, pois ela é apenas minha, só minha.
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1 comentário:
Viva o 25 de Abril @
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