2 de abril de 2021

Para a história da literatura policial portuguesa que um dia alguém há-de escrever - 3d

1ª REPÚBLICA (continuação)

                                                 1925

Ameal. João, pseudónimo de João Francisco de Sande Barbosa de Azevedo e Bourbon Aires de Campos (Coimbra, 1902 - Lisboa, 1982), em co-autoria com Luís de Oliveira Guimarães. Historiador, jornalista, ensaísta, e deputado, o primeiro, jornalista poeta e comediógrafo, o segundo. As criminosas do Chiado, romance, 1ª Edição, João Romano Torres, Lisboa      

Cunha, Augusto – (Lisboa, 1984 – Lisboa, 1947), Jornalista e poeta. Um caso Completopublicado no jornal O Domingo Ilustrado,  de 20 de dezembro

Domingues, Mário (Ilha do Príncipe, 1899 – Caparica, 1977) Veio para Portugal com pouco mais de um ano, e na metrópole cresceu, educou-se, fez-se homem. Dedicou-se às letras, foi um produtivo autor de policiais e aventuras ao abrigo de pseudónimos vários.  Fugaz aventura, conto publicado no, ABC, de 11 de junho

Ferreira, Reinaldo                                                                                                                                           A Ilha dos Ladrões, folhetim publicado entre 29 de janeiro e 9 de abril no, ABC, que nos relata o Congresso de Ladrões, realizado na, Ilha Roubada, com a presença dos mais ilustres criminosos: Fântomas, o rei dos ratos de hotel, Raffles, o lorde gatuno, Svaskine, o lobo da Suécia, “XXX”, o rei do crime de Londres, Carolina Fet, a ladra italiana, Enric Halberg , o ladrão berlinense, Tu-Hang-Tchu, o pirata japonês, Fresquinho, o carteirista lisboeta.  Aventuras e viagens extraordinárias de João de Portugal, folhetim publicado na revista, De Portugal, em junho, que ficou incompleto, no início do capítulo V, quando a revista fechou em março de 1926. Entretanto o, ABC, envia-o à Rússia, mas Reinaldo fica-se por Paris, forja uma entrevista a Conan Doyle, que está em Paris a presidir ao Congresso Espírita, escreve várias crónicas sobre a Rússia, como se lá estivesse e mete-se na morfina.

Fonseca, João de Sousa (1899 – 1962)  loucura do jazz, conto publicado na revista, Europa, de junho

O Homem que passa, pseudónimo de Leitão de Barros (Lisboa, 1896 – Lisboa, 1967), Jornalista, dramaturgo, organizador de cortejos históricos e marchas populares.  O mistério do automóvel sem número, Um assassino de 13 anos, e, A minha criada Maria, contos publicados no jornal, O Domingo lustrado, de 3 de maio e 7 e 21 de junho

Redondo, Belo                                                                                                                                               Um grande crime impune: quem matou o doutor Reis, conto publicado no jornal, Domingo Ilustrado, de 1 de março

Repórter Mistério, pseudónimo de Gentil Marques (Lisboa, 1918 – (Lisboa, 1991)    Jornalista e romancista, autor produtivo de policiais ao abrigo de pseudónimos vários. Os dois cadáveres do Largo do Rato, As pérolas mortas, e, O «chauffeur» do Diabo, contos publicados no jornal, Domingo Ilustrado, de 26 de abril e 4 e 18 de outubro.

Roldão, Henrique (1893 – 1925)                                                                                                                 O caso do doutor Krauss, conto publicado no nº 2, de maio, da revista Europa; A casa da rua de S. Mamede, O gritos da Costa do Castelo, e, Onde sempre noite…, contos publicados no jornal, O Domingo Ilustrado, de 14 de junho a 12 de julho e 20 de dezembro.

 Nesse ano: Renuncia de Teixeira Gomes e eleição parlamentar de Bernardino Machado a Presidente da República 

                                                                 1926

Castro, Ferreira de: O drama da sombra, romance. 1ª Edição, Diário de Notícias0

Detective 523, pseudónimo de autor português desconhecido: O príncipe da cocaína, e, As colheres de prata, contos publicados no jornal, O Domingo Ilustrado, de fevereiro e março.

Ferreira, Reinaldo                                                                                                                                          Punhais misteriosos, O fantasma branco, e, As chaves do Paraíso, versão em três livros sequenciais, do folhetim, Punhais misteriosos, publicado dois anos antes, no Correio da Manhã. 1ª Edição, Romano Torres & Cª, colecção Leituras Modernas, Lisboa; O Taxi nº 9297, folhetim inspirado no assassínio da actriz Maria Alves, estrangulada pelo amante, o empresário teatral Augusto Gomes, publicado no jornal, O Primeiro de Janeiro, entre 16 de maio e 23 de julho, que também o editou em livro. Reinaldo, por sua vez adaptou-o ao cinema, em 1927, e ao teatro em 1932; A virgem do Bristol-Club, folhetim publicado no jornal, O Primeiro de Janeiro, entre 14 de novembro e 3 de fevereiro e 1927

O Homem que passa, pseudónimo de Leitão de Barros: A «ratoeira» da rua dos Vinagres, conto publicado no jornal, O Domingo Ilustrado, de 17 de janeiro.

Repórter Mistério, pseudónimo de Gentil Marques  : O horror de não ter dinheiro, A mulher misteriosa de Angola e Metrópole, e, O táxi da morte, contos publicados no jornal, O Domingo Ilustrado, de 3 e 24 de janeiro e 18 de abril.

Repórter X.P.T.O., pseudónimo de autor português desconhecido: O terrível ladrão e o cabo Simão, conto publicado no jornal, O Domingo Ilustrado, de 11 de abril

Richmond, Óscar, pseudónimo de autor português desconhecido: A condenada, romance, 1º Edição, Henrique Torres Editor, Lisboa

Ximenes, Mário (1895 – 1936), em co-autoria com Ernesto Várzea: O homem que matou a actriz, romance. 1ª Edição, Editora José Pinheiro, Porto

Nesse ano: No dia 28 de maio, uma revolta militar chefiada pelo general Gomes da Costa, põe fim à 1^República. Segue-se a luta pela hegemonia no seio da Ditadura Militar, de que resulta a deposição e desterro do general, a 8 de julho, quarenta e dois dias depois do golpe de estado. Designação do general Óscar Carmona para chefe do governo. Criação da Policia Especial de Lisboa. Imposição da censura prévia à imprensa. Extinção da Carbonária. Extinção do ensino primário superior

 

 

 

 

 




 

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