Parecia, pois. ter sido esquecido, e esquecido esteve muitos e muitos anos, mas quando me resolvi a ter um blogue e matutei no nome que lhe havia de dar, ele foi a opção escolhida: MANOJAS.
Iniciei o MANOJAS há dez anos e dois meses, precisamente no dia 6 de Julho de 2007, com o texto
Cronologia do Fantástico, da Ficção Científica e Géneros afins na novelística portuguesa, que, como relatei em ESCRITOS (3), mereceu uma pequena edição de autor, destinada a familiares e amigos, em 2011, mantendo com alguma regularidade a actividade do blogue até 2013. Nesse ano optei por uma pausa, com uma última intervenção em 17 de Abril, pausa essa que durou até ao dia 12 de Agosto deste ano, dia em que anunciei o meu regresso ao MANOJAS, para falar de mim e das minhas coisas. E assim tem acontecido com os relatos sobre a BIBLIOTECA, os ESCRITOS, as TRADUÇÕES, e, agora, também com as REPETIÇÕES.E a primeira é:
UM “ÓSCAR” INJUSTO – 1/03/2008
Ganhou quatro Óscares, um deles o de melhor filme, e
chama-se, "No Country for Old Men". Em português deu-se-lhe o nome,
não inteiramente feliz, de, "Este País Não É para Velhos". É um filme
que, na minha opinião, só tem a virtude, não recomendável, da excelência formal
com que trata a violência, o que é muito pouco, ou devia ser, para merecer o
Óscar de melhor filme. Então, em todo o ano de 2007, Hollywood não produziu
nada de melhor do que este requintado exibicionismo de violência gratuita?
Então, " O Vale de Elah", o "Haverá Sangue", ou até o
"Michael Clayton", para só falar dos que estão agora em exibição, não
serão filmes muito mais importantes, muito mais profundos, muito mais sérios,
embora menos cuidados formalmente? Penso que sim!
UM “ÓSCAR” INJUSTO – 13/09/2017
O argumento do filme, realizado pelos irmãos Coen é retirado, do livro com o mesmo nome, do
escritor Cormac McCarthy. Realizadores e escritor são norte-americanos e a
história do livro, que é a história do filme, é de uma violência tipicamente
norte-americana, de uma violência bem característica dos livros e filmes
norte-americanos.
Não está em causa nem o virtuosismo dos cineastas nem a
maestria do romancista, que são evidentes, mas o facto desses atributos serem
utilizados, como eu então escrevi, para um «requintado exibicionismo de
violência gratuita».
Li o livro depois de ver o filme (devia ter sido ao
contrário), mas não mudei de opinião.
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