5 de maio de 2018

A propósito

Cidadão de esquerda, votante e apoiante, solidário, da esquerda política, nunca fui, nem virei já a ser, militante partidário. Nunca me dispus a dar o passo. Feitios.  Os anos foram passando e hoje sou apenas um eleitor, conformado, do socialismo democrático. Conformado e, algumas vezes, desiludido, como na hora presente. Porquê? Devido à reviravolta de atitude da Direcção do PS face, chamemos-lhe assim, ao "Caso Sócrates". Depois de cinco anos de um silêncio sepulcral sobre o controverso Processo  Marquês, sobre tudo o quanto à sua volta tem acontecido, vêm agora alguns dos seus principais dirigentes, com destaque para Carlos César, líder da bancada socialista na AR, fazer declarações que provocaram uma imediata, responsável e digna resposta de José Sócrates, ex-secretário geral do PS e ex-primeiro ministro, desfiliando-se do partido, e deram origem ao júbilo da direita política, justiceira e jornalística, que bem se tem aproveitado do acontecido.                    Se há alguma vergonha a ter é a da atitude destrambelhada da Direcção do PS. Exemplo: "António Costa acaba de declarar que foi apanhado de surpresa pelas declarações de César".  

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