18 de abril de 2008

Choques!

Uma pessoa, às tantas, já nem sabe para onde se há-de virar. É de perder a cabeça. E estes últimos dias têm sido de arrazar. Bem sei que houve o acordo, não, o entendimento entre o M.E. e a Frente Comum dos Sindicatos, embora a pessoa fique a pensar porque não fizeram eles, logo de princípio, um esforço, para se entenderem. Bem sei que logo seriam acusados de recuos, mas, ao fim e ao cabo, agora também não se livraram da acusação. Mas aquela viagem à Madeira do Presidente, foi mesmo de roer as unhas. Então ele aceita que não o deixem pôr os pés na Assembleia? Então ele dá cobertura às declarações insultuosas de Jardim, para com os deputados da oposição, aos quais chamou de loucos, a um deles rotolou-o, mesmo, de fascista? E agora anda a mostrar um contentamento bacoco com os programados banhos de multidão que lhe andam a oferecer. Mas mal refeitos destes tristes episódios, vem o desastre do Benfica. E quem pode ficar indiferente a isto? Eu não, que sou um fervoroso, agora desconsolado, adepto do glorioso, desde que nasci, ou mesmo antes. No entanto, antes derrotados pelos aristocratas do Sporting do que pela alta burguesia do Porto (nisto estou com o Jardim). Mas o mais perturbador veio agora. O inefável Menezes, sentindo-se traído pelos seus pares, veio-nos informar que se demitia e que ia marcar eleições antecipadas, para as quais não seria candidato. Claro que o que ele diz escreve-se, mas é como não se escrevesse. O que ele pretende é que haja uma vaga de fundo, das chamadas bases, que afogue os chamados barões, e o confirme como o amado guia do PSD. Desconfio que todos os outros partidos, com o PS à cabeça, estão ansiosos para que tal aconteça. Além de ser divertido, é uma garantia para todos tê-lo à frente do PSD, na companhia do Santana Lopes, do Gomes da Silva e do Ribau. Que mais irá acontecer!?

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