15 de maio de 2008

Maldito tabaco!

O momentoso caso das fumaças dadas pelo primeiro-ministro, meio escondido, no avião que rumava à Venezuela, parece ter chegado ao fim, após as desculpas apresentadas pelo prevaricador que, duma maneira geral, foram bem recebidas e aceites, salvo algumas piadas oposiocinistas que, eventualmente, ainda se ouvirão na Assembleia da República. Estamos na era dos pedidos de desculpa que, se nada emendam, mal também não fazem, e são, pelo menos, um sinal de boa educação. Mas se o caso terminou, há, no entanto, consequências que não podem ser ignoradas, duas delas, pelo menos. A primeira, o facto de o nosso primeiro, que tanto se encarniçou contra o uso do tabaco, ter informado que ainda fumava, mas que agora (só agora!?), ia largar o vício. A promessa está feita! A segunda, o ter sido revelado, por arrastamento do acontecido, que em anteriores viagens aéreas presidenciais também se fumava, desrespeitando a lei, embora nunca ninguém se tivesse lembrado de denunciar o evento. Senhores jornalistas, não é a isto que se chama ter dois pesos e duas medidas? E esta, heim!

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