25 de agosto de 2017

BIBLIOTECA (7): a Marquise

Ela é o fim da linha, a última estação, término desta viagem descrita ao sabor da pena, sem preocupações de estilo ou de erudição. Apenas o prazer de falar do que se gosta, neste caso, de uma biblioteca e dos livros que a habitam.
Conhecia-a era ela ainda uma varanda aberta ao sol, ao vento e à chuva, é agora uma marquise  envidraçada, acolhedora, salvo em algumas noites mais geladas de inverno ou nos pinos de verão. É nela que se abriga a Literatura Portuguesa dos géneros policial e fantástico. Só a falta de espaço na Sala, e o elevado número de exemplares que assim podem ser classificados, não qualquer preconceito, levaram à opção, naturalmente discutível, de os separar dos que lá estão, mas divisão haveria sempre, qualquer que ela fosse. Aliás, basta recordar alguns dos autores e algumas das respectivas obras, para não haver quaisquer dúvidas sobre isso:

Agustina Bessa-Luís (Aquário e Sagitário),  Clara Pinto Correia (Adeus, princesa),  José Rodrigues Miguéis (Uma aventura inquietante),  Fernando Namora (Rio Triste),  Fernando Pessoa (Histórias  de um racionador e Quaresma decifrador),  José Cardoso Pires   (A balada da praia dos cães),
Jorge Reis (Matai-vos uns aos outros),  Hugo Santos (A morte do professor).

Mário Braga (O reino circular),  Álvaro do Carvalhal (Os canibais),  Natália Correia (Onde está o menino Jesus),  Mário-Henrique Leiria (Casos de direito galáctico  O mundo inquietante de Josela),  António José da Silva,o Judeu (O diabinho da mão furada)


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