29 de março de 2013

Sócrates, igual a si próprio

Corajoso, frontal, coerente, bem preparado, um político da estirpe de Cunhal e de Soares, menos metódico e frio do que o primeiro, menos consensual e caloroso do que o segundo, mais impetuoso e emotivo do que ambos, um grande político, que não deixa ninguém indiferente. A notícia da sua vinda e agora a sua entrevista assustaram a direita, com a camada fascista a enraivecer-se, e incomodaram a esquerda radical e comunista. Com razão, porque agora vão ter alguém a fazer-lhes frente, a sério, sem medo, através da palavra, do raciocínio, da inteligência, do saber, mas com a educação que tanta falta faz aos seus adversários, de um e doutro lado, sempre dispostos ao insulto, à ofensa, à infâmia, à mentira. Oiça-se ou leia-se, por exemplo, o que já disseram o Carrilho, o Sarmento, o Rangel, o Ricardo Costa, o Gomes Ferreira, o Henrique Monteiro, e aguardemos o que irão dizer o professor Marcelo e o empertigado Mendes.  

21 de março de 2013

Boas noticias!

São duas e vêm escarrapachadas na primeira página do Diário de Notícias de hoje.
A primeira é sobre o ex-primeiro-ministro José Sócrates que vai regressar em Abril como comentador político, contratado pela RTP. É surpreendente, inesperada, mas é mesmo uma boa notícia, embora não para todos. A direita fascista e a esquerda radical e comunista, em conluio, já devem estar a arregaçar as mangas para o atacar. Mas ele tem arcaboiço e não vai ser um adversário fácil. Aguardemos.
A segunda é sobre o autarca de Sintra, Fernando Seara, cuja candidatura à Câmara de Lisboa foi impedida pelo Tribunal cível de Lisboa, ao abrigo da lei de limitação de mandatos. É também uma boa notícia, embora também não para todos, mas não é inesperada nem surpreendente. As leis são para se cumprirem e esta foi aprovada por larga maioria, senão por unanimidade, na Assembleia da República. Se contém algo de errado a Assembleia que a corrija, mas não é o ridículo problema da alteração do "da" pelo "de" que altera o sentido  da lei.

17 de março de 2013

Sem ofensa

Sem ofensa, naturalmente, porque o homem não tem culpa de, por factores fisiológicos ou sócio-                 -psicológicos, ou por ambos, ser como é, ou seja,  ser um mentiroso e um manipulador, que demonstra uma total falta de emoções, de sensibilidade, de capacidade para imaginar o sofrimento do seu semelhante, ser alguém incapaz de reconhecer os seus erros, de aceitar a responsabilidade pelos seus actos, em resumo, ser um psicopata. É urgente, destitui-lo e deportá-lo.