20 de setembro de 2011

Pergunta-se:

Será que o imposto que nos vai surripiar uma parte do nosso subsídio de Natal, foi já lançado com o propósito de vir a cobrir o "escondido buraco" da Madeira?

14 de setembro de 2011

Oxalá!

Ana Gomes no "Causa Nossa": Temos líder! Foi o que ouvi a muitos militantes - e o que senti também - hoje à saída do Congresso do PS em Braga. Depois de um discurso mobilizador e transformador do Secretário Geral, António José Seguro. E a transformação já começou no enunciado de ética na acção política ... e de abertura de horizontes.

Oxalá Ana Gomes tenha razão, que a mobilização se faça e que o seu actual líder tenha a força e a coragem do anterior, mas estranhe-se que concorde agora que aos políticos do PS tenha faltado ética na acção política, e vontade na abertura de horizontes, e nunca o tenha denunciado.

13 de setembro de 2011

Aguardemos!

Não sou militante partidário, assim, não sou militante do PS, mas se o fosse teria votado em Sócrates, como agora teria votado em Assis. António Costa fez bem em não se candidatar agora à chefia do partido. O aparelho queria voltar a ter o protagonismo que Sócrates não lhe dava e Seguro era o homem deles. Seguro que nunca reagiu às ofensas e ataques sofridos pelo secretário geral do seu partido, mas que aplaudiu de pé o discurso do PR, na Assembleia da República, contra o governo do PS. Atitudes que não podem ser ignoradas nem esquecidas. Enfim, aguardemos o que se segue, não com muita esperança, infelizmente.

7 de julho de 2011

Um pontapé!

Não sei, nem ninguém sabe ao certo, o que aconteceria se o PECIV não fosse chumbado e o governo de Sócrates continuasse a dirigir o país. Mas sei o que aconteceu e o que está a acontecer com o PSD a chefiar os três órgãos de soberania, PR, AR e Governo. Portugal foi atirado para o lixo! Surpresa? Para eles e para os comentadores que os apoiam, parece que foi. O primeiro ministro diz que foi como que um murro no estômago. Eu diria que foi mais como que um pontapé nos ditos cujos, pontapé que, justamente, ainda sobrou para mais alguém, um pouco mais acima.

1 de julho de 2011

Honra lhe seja!

Ontem na A.R. a intervenção, o discurso, mais bem estrurado, mais inteligente, mais certeiro, de crítica ao programa do governo, foi o do deputado independente pelo partido socialista, Basílio Horta, ex-militante e dirigente do CDS/PP.

PEC V

PR e PSD em consonância. O povo português já não suporta mais austeridade. O PEC IV é chumbado. O governo PS demite-se. Vem a troika. Há eleições. O PSD e o CDS conseguem maioria absoluta. O novo governo apresenta na A.R. um PEC V ainda mais gravoso que o PEC IV e o que foi acordado com a troika. O eleitorado que deu a maioria ao PSD e ao CDS/PP, ainda a assobiar para o ar, não tarda que acorde e se ponha a lamuriar. Mas não tem mais do que aquilo que merece. O pior é que nós, do outro lado da barricada, também vamos ter de pagar a factura.

22 de junho de 2011

Enfim!

Assunção Esteves é o novo presidente da Assembleia da República. Louve- -se a escolha, não por ser uma mulher, o que já devia considerar-se natural, mas pelas suas comprovadas qualidades pessoais e profissionais. Maria de Belém, líder da bancada do PS, considerou-a, muito justamente, uma primeira escolha. Aliás, Assunção Esteves obteve dos deputados, cerca de 80 por cento de votos favoráveis. Inimaginável é Passos Coelho a ter preterido, como primeira escolha, a favor de Fernando Nobre. Embora militante partidária, Assunção Esteves, já deu sobejas provas de independência, insenção e integridade, além de ser possuidora de grande experiência e competência profissionais na área do direito.

21 de junho de 2011

Viva!

A Assembleia da República, ontem, castigou o primeiro ministro indigitado, Passos Coelho, e o seu candidato à presidência, Fernando Nobre, pela arrogância, vaidade e, para ser delicado, pouca inteligência, demonstradas, chumbando a candidatura proposta. E a humilhação não foi maior porque a

quase totalidade dos deputados do PSD se deixou dominar pela partidarite e obediência cega ao chefe. Nobre, pelas suas declarações e atitudes, não tinha credibilidade para ser presidente da A.R., e, por isso, são de estranhar declarações anteriores de personalidades como António Costa e Vital Moreira, favoráveis à sua aceitação por parte do PS. Respeitar a regra, sempre respeitada, de que o presidente da A.R. deve ser do partido mais votado, não implica que se deva aceitar quem quer que seja proposto, independentemente do seu perfil, do seu carácter, do seu estatuto... Viva, pois, a Assembleia da República!

19 de junho de 2011

Alerta! Alerta! Alenta!

A humanidade já sofreu duas grandes guerras mundiais, a de 14-18 e a de 39-45. Ambas tiveram inicício na Europa, ambas envolveram, inicialmente, a Alemanha, a França e a Inglaterra. Recordo-as, a propósito ou despropósito, ao assistir ao que se passa na Europa no momento presente. Que é, o euro em perigo, países a ameaçarem a bancarrota, a U.E. a mostrar dificuldade ou mesmo incapacidade em impedir que tal aconteça. E o pior que tudo, o não impossível, o não improvável desmembramento da própria União. Porque se tal acontecesse, ou acontece, em cada país, face ao colapso económico e ao avassalador desemprego, lá se agravariam, ou agravam os antegonismos de classe, os preconceitos raciais, e subiriam, ou sobem, de tom os nacionalismos. E depois, mais cedo do que tarde, as desavenças entre os vários estados. E depois o que ninguém pode ou quer admitir que aconteça. Até acontecer!

17 de junho de 2011

Nobre?

Face às suas opiniões e atitudes, principalmente depois de se ter amigado com o PSD, Fernando Nobre perdeu toda e qualquer credibilidade política. Não posso acreditar que qualquer deputado do PS, do PCP ou do BE o venha a apoiar para a presidência da Assembleia da República, e quero crer que mesmo o PSD não estará cem por cento ao lado dele.

16 de junho de 2011

Não Nobel

Desde 14 de Abril que, todas as quinta feiras, acompanha o jornal Público um livro de uma lista de vinte grandes autores esquecidos pela academia sueca. Hoje, dia 16 de Junho, foi a vez de O Homem do Castelo, de Philip K. Dick. Foi um atrevimento corajoso incluir na lista este autor, dado que ele é um escritor de ficção científica que é considerada, ainda hoje, uma literatura de segunda plano. O mesmo se pode dizer do autor do livro À Beira do Abismo, a sair no dia 18 de Agosto, Raymond Chandler. A literatura policial sofre de igual é pecado, é uma literatura menor. Nem Dick nem Chandler poderiam alguma vez aspirar ao Nobel, sequer ser aceite a sua candidatura. Por último, lamente-se a ausência na lista de autores portugueses que bem mereciam lá figurar. Lembro dois, apenas como exemplo: Carlos de Oliveira e Aquilino Ribeiro.

10 de junho de 2011

A Dama do Lago

Nos primeiros dias do mês passado, digamos que em muito boa hora, surgiu no mercado, com chancela da Contraponto, uma nova edição do quarto romance de Raymond Chandler, com tradução escorreita e fiel de Carlo Magalhães. Voltei a lê-lo, talvez pela décima vez. Mas qual foi o livro de Chandler que não li pelo menos dez vezes? Recordo, a propósito, o que sobre ele então escrevi, no livro Chandler & Marlowe que editei há cerca de seis anos: "The Lady in the Lake foi primeiro um conto com esse mesmo nome, ao qual Chandler agregou agregou outros dois, Bay City Blues e No Crime in the Mountains. Foi publicado em Novembro de 1943, embora tenha começado a ser escrito em Abril de 1939, três meses depois do conto que lhe deu o título ter aparecido no magazine Black Mask. O segundo conto era já de 1937 e o terceiro só foi escrito em 1941. Foi, pois, um trabalho muito mastigado, cheio de abandonos e retomas , o que lhe retirou alguma frescura e espontaneidade. Um história algo sombria como sombrios eram os tempos que então se viviam. A guerra na Europa e no Pacífico preocupava Chandler, enormemente, que não esquecia a sua participação na guerra de 14-18, estado de espírito agravado pelo seu isolamento, longe de qualquer actividade social regular. Nesta nova investigação de Marlowe o confronto é, desta vez, com um polícia, Dergamo, tenente da polícia municipal de Bay City, homem brutal, corrupto e ciumento. E é o ciúme que o destrói. Ele mata a mulher que ama, Muriel, porque ela, responsável pelas desonestidades pelas quais ele envereda, o atraiçoa e se torna uma assassina. Quando o xerife Jim Patton pergunta a Marlowe quem matou Muriel, este responde que só pode ser "alguém que a tinha amado e odiado, alguém que era demasiado polícia para a deixar escapar com mais um homicídio, mas não tanto que fosse capaz de a entregar para que tudo viesse a saber-se. Alguém como Degarmo". Degarmo mancha a reputação da polícia, mas é suportado pelo espírito corporativo da mesma, e, por essa razão, chega ao extremo a que chega. Os tempos são de inquietação e incerteza, e assim, como desabafa um colega seu, "Que vão para o inferno. Dentro de duas semanas estarei no exército", como quem diz, para quê ralar-me se qualquer dia me mandam para a guerra. O xerife Jim Patton, chefe da polícia de Puma Point, região onde se desenrola boa parte da intriga, representa uma outra face da polícia. É rústico, vagaroso, bonacheirão, mas não lhe falta esperteza e é meticuloso. É grande não de gordura mas de robustez. Ele é a lei na sua circunscrição e executa-a com firmeza e honestidade. Gosta da profissão e procura exercê-la o melhor possível. O seu slogan para as eleições que se aproximam e visam o lugar que ocupa, retrata bem o seu perfil: "Atenção, eleitores! Votem no chefe Jim Patton. Ele está demasiado velho para ir trabalhar." Marlowe gostou logo dele. Deve-lhe ter adivinhado nos olhos a honestidade e o humor."

6 de junho de 2011

O meu voto (parte 2)

Votei PS e José Sócrates e fui vencido. Não estou arrependido! Só lamento que muita gente de esquerda ou próxima dela, por incompreensão e ressentimento, se tenha abstido ou votado nos outros contra os seus. Penso terem sido estas as razões para uma derrota tão pesada como injusta.

3 de junho de 2011

O meu voto

No domingo, como sempre, vou mais uma vez votar, e, como democrata e de esquerda, vou votar na esquerda democrática, ou seja, no PS, e em José Sócrates, quanto mais não fosse, e outras razões há, indignado com a suja campanha de maledicência e ódio contra ele lançada pela direita e pela esquerda radical.

31 de maio de 2011

Uma nódoa

O que terá levado José Vítor Malheiros a escrever o artigo publicado hoje no Público, intitulado A nódoa, e que é verdadeiramente uma nódoa, um artigo ofensivo para o PS, para os militantes, para o primeiro ministro, e para todos aqueles que, legitimamente, os apoiam?

27 de maio de 2011

No 5 de Junho

Na noite desse dia saberemos quem ganhou as eleições e quem, provavelmente, irá governar. Se for o PS, e é este um dos cenários a comentar, será, sem dúvida, com maioria relativa, mas embora os partidos da oposição, face ao que têm expressamente declarado, lhe recusem qualquer apoio, deverá aceitar e mesmo exigir ser governo. Eles, partidos da oposição, que assumam a responsabilidade das atitudes que tomarem e das suas consequências. O outro cenário é o da vitória do PSD que será, igualmente, relativa, mas que em coligação com o CDS pode ser absoluta. No segundo caso o PS deverá, pura e simplesmente, passar à oposição. Mas se assim não for, com a direita com maioria relativa, o PS, embora deva recusar qualquer hipotético convite para fazer parte do novo governo, ou proposta para qualquer espécie de coligação, deve, no entanto, mostrar-se disponível para garantir o seu apoio a todas as medidas que visem respeitar e executar o acordo internacional assinado e todas iniciativas que possam ser avançadas para o melhorar.

26 de maio de 2011

É a vida!

Vital Moreira no seu blogue, a propósito das "sucessivas derrotas eleitorais socialistas" na Hungria, no Reino Unido, em Espanha, relembrava a frase de Guterres: É a vida! Na minha opinião foi e é uma frase de desânimo, de conformismo, de vencido. Ana Gomes também se insurgiu contra ela. Na verdade, julgo que se nesses países a esquerda tivesse à sua frente alguém com fibra, com garra, com coragem, do género de torcer mas não quebrar, talvez os resultados fossem diferentes, pelo menos não tão pesados. Em Portugal é com essa determinação que a esquerda socialista se está a bater contra direita e contra comunistas e esquerdistas.

25 de maio de 2011

A dama do lago

Há mais vida para além da política. Por exemplo, ler um excelente romance policial. Não é uma estreia, mas uma nova e bem vinda edição. Em inglês chama-se The Lady in the Lake, em português A Dama do Lago. O seu autor é Raymond Chandler, um dos grandes mestres da literatura policial.

A Dama do Lago é o quarto caso investigado pelo detective Philip Marlowe, dos sete que Chandler dele divulgou. Com eles Chandler imortalizou Marlowe, como Doyle o fez a Sherlock Holmes, Agatha Christie a Poirot, e Simenon a Maigret. Boa leitura.
A epidemia anti-socrática está cada vez mais assanhada. Depois de Catroga o comparar a Hitler, ontem José Luís Arnault comparou-o a Drácula. Rui Tavares, hoje no Público, alinhando na infâmia, mas mais subtil, acusa Sócrates de ter ataques de fúria, respirar arrogância, e de ter aterrorizado e sugado o PS. É o mesmo por outras palavras. E, assim, todo o eleitorado que vai votar PS, contra a Direita e repudiando os esquerdistas, é considerado um bando de nazis e de vampiros. Não há pachorra!

23 de maio de 2011

Em quem votar?

Rui Tavares é um comentador que merece sempre ser lido, mas o seu artigo de hoje, no Público, pareceu-me ser apenas para "cumprir horário". Quem não sabia em que partido Rui Tavares iria votar e porquê? Julgo que ninguém. Infelizmente, nem o seu voto nem a justificação que o suporta irão ajudar a vencer a Direita.

22 de maio de 2011

Spartacus

Série iniciada ontem na FOX, que nada tem a ver com o filme de Kubrick, com o enérgico Kirk Douglas e o imperial Olivier, muito menos com o excelente romance de Howard Fast, mas que me fez recordar ambos, e também o inesquecível ballet Spartacus, a cuja estreia assisti no Bolshoi, em Moscovo, há já um milhão de anos.

5 de maio de 2011

Viva o Benfica!

Por isto e por aquilo, há muito que não dava a palavra ao meu blogue, mas hoje teve que ser. O "catedrático" Jesus e os seus muchachos, apoiados pelo director Rui Costa, conseguiram livrar o meu Benfica de enfrentar o Porto numa final europeia. Parabéns ao bando!

29 de março de 2011

Quem não tem vergonha...

Faz pena a indigência dos comentários, dos blogues escolhidos hoje pelo jornal Público., sobre a suspensão do modelo de avaliação dos professores. Quero crer que foi uma escolha feita para denunciar, exactamente, essa indigência.

24 de março de 2011

Talvez se enganem!

Com o beneplácito do presidente Cavaco, os partidos da direita e os partidos da esquerda radical, unidos, levaram o primeiro ministro, Sócrates, a demitir-se. Era esse, aliás, o seu grande objectivo. Livraram-se dele? Talvez não, oxalá que não. Ele vai ser de novo o secretário geral do PS e vai disputar as próximas eleições que a oposição provocou. E vai disputá-las com a determinação, a coragem e o entusiasmo que lhe estão na maneira de ser. O que é necessário é que o PS se livre de algumas ovelhas ranhosas que por lá tem, se una, e fale claro a uma só voz.

11 de março de 2011

Sport Lisboa e Benfica

Com muito esforço, atabalhoado e precipitado, lá conseguiu vencer o parisiense PSG. Mas o resultado de 2-1 é preocupante. Se o Benfica jogar em Paris com jogou na primeira parte, principalmente na primeira meia hora, em que só por sorte não sofreu mais dois golos, bem pode começar a pensar em arrumar as botas.

A moção de censura

Foi recusada como todos desejavam, incluindo o partido que a apresentou. O governo não é perfeito, não há governos perfeitos, mas ainda bem que é este que nos governa na presente situação. E todos o reconhecem, incluindo o Presidente e a Oposição, embora dizendo dele cobras e lagartos, mas não se atrevendo a apeá-lo. Falta-lhes a coragem, a determinação, a confiança, a firmeza, do Primeiro Ministro, José Sócrates.

8 de março de 2011

Óscares

Incondicional admirador de westerns, posso ser suspeito, mas a verdade é que me parece incrível que, por isto e por aquilo, o Indomável (True grit) não tenha ganho qualquer dos doze Óscares para que foi nomeado. Em particular, mereciam-no Jeff Bridges, se não tivesse "roubado" a Colin Firth o Óscar de 2009, mereciam-no Hailee Steinfeld, embora para os seus 14 anos já tenha sido excelente a nomeação, mereciam-no os irmãos Coen, senão o de melhor filme, mas o de melhor realizador, embora reconheça ser difícil separar os dois prémios um do outro. A compensação para a sua derrota é o enorme êxito de bilheteira nos Estados Unidos.

6 de março de 2011

Ai, Jesus!

Bem pode o treinador do Benfica autoproclamar-se catedrático do futebol que não se livra da responsabilidade da sua equipa não ter defendido devidamente o seu título de campeão. A péssima pré-preparação e a infeliz escolha do guarda-redes Roberto, responsável por muitos dos pontos perdidos, provam-no à saciedade. Vamos lá ver quais os títulos que ele consegue ganhar, dos quatro em que está envolvido. O do campeonato já se foi. Restam as taças da Liga, de Portugal e da Uefa. Aguardemos, curiosos.

LER

Saiu a edição especial número 100 da revista LER. Parabéns aos pais dela! Do seu excelente recheio constam: 100 nomes, livros, imagens; 100 ideias para o futuro; entrevista a George Steiner; ensaio de Harold Bloom. Da entrevista a Steiner não resisto a destacar a sua afirmação de que Lobo Antunes é o maior escritor português da actualidade. Não concordo com ela, o que é irrelevante, mas, por razões diferentes, Lobo Antunes julgo que também não. Com a sua modéstia habitual, ele considera-se, isso sim, o maior escritor português, não só da actualidade, mas desde Camões. Bizarra é também a ideia de Steiner de que o Nobel atribuido a Saramago devia ter sido partilhado com Lobo Antunes. Enfim, há certas opiniões, mesmo de grandes pensadores como Steiner, que como se diz das sondagens: valem o que valem.
PS - Steiner, ele o diz, não domina o português, conhecendo-o através das traduções francesas e das (más) inglesas..

Óscares

Mais vale cair em graça que ser engraçado, e, assim, O Discurso do Rei lá apanhou os 4 mais importantes Óscares de 2010. Justíssimo o de melhor actor para Colin Firth que já o mereceria no ano anterior. Os outros não escandalizam, mas estando na concorrência nomes como David Fincher e os Coen, é legítimo ter algumas dúvidas, principalmente quanto ao de melhor realizador.

3 de março de 2011

Sport Lisboa e Benfica

Ao vencer ontem o Sporting, qualificou-se para a final da Taça das Ligas que é uma das quatro provas em que está envolvido. As outras são: o Campeonato Nacional, a Taça de Portugal e a Taça UEFA. Ganhará alguma? Todas? Nenhuma? Vamos lá ver se Jesus tem Deus pelo seu lado, como Mourinho parece acreditar que tem.

1 de março de 2011

Os Óscares

Dos oscarizados ainda só vi O Cisne Negro, filme medíocre e pretencioso, que valeu um Óscar à talentosa Natalie Portman - talvez merecido - que no entanto não faz esquecer a Moira Shearee de Os Sapatos Vermelhos, filme de 1948, dos britânicos Michael Powell e Emeric Pressburger.

16 de fevereiro de 2011

Do Clube do Autor

Hoje, ao fim da tarde, foi apresentado na Bertrand das Amoreiras, o livro Encontro no teu olhar, da minha filha Maria Teresa Loureiro. A apresentação, extremamente interessante, não convencional, lúcida e inteligente, foi de Eduardo Pitta.

12 de fevereiro de 2011

Chuchadeira!

Se eu ouvi bem, Louçã, surrealisticamente, comparou Portugal ao Egipto e, praticamente, apelou a uma insurreição. Mas se ele não está bom da cabeça, o que dizer dos outros, do Coelho, do Portas e do Jerónimo, quando, para tomarem uma posição, dizem estar à espera de conhecer quais as razões do BE para apresentar a moção de censura. Então, depois do que Louçã e o Beleza, enfaticamente, declararam, na Assembleia e à Comunicação Social , ainda têm dúvidas? Os cobardolas andam mesmo a chuchar conosco.

11 de fevereiro de 2011

A moção censurável

A moção de censura do BE foi um acto desesperado de Louçã, mais do que do próprio BE. E mais do que ser contra o governo foi, em particular, contra Sócrates. Sócrates, que o tem sempre levado às cordas, é a sombra negra de Louçã. O tiro irresponsável de Louçã vai-lhe sair pela culatra, se já não saiu, e ele, se tiver vergonha na cara, irá demitir-se, antes que o BE, se tiver vergonha na cara, o demita da chefia que ele exerce no partido.

8 de fevereiro de 2011

Dos jornais

1º. O PCP anuncia que poderá apoiar uma moção de censura ao governo apresentada pelo PSD. 2º. O PSD não exclui a hipótese de apoiar uma moção de censura apresentada pelo PCP. 3º. O PCP admite apresentar uma moção de censura. 4º O CDS declara que apoiará uma moção de censura venha ela de onde vier. 5º. O BE diz que logo se verá. Comentário: andarão a chuchar connosco? Aviso: o PS que se cuide, que se una, que fale a uma só voz, pondo na rua os ressentidos e ressabiados, e que apoie o governo sem tibiezas e com convicção.

3 de fevereiro de 2011

O negócio da vivenda cavaquista

Sobre o referido negócio, será que o conhecido professor Marcelo, comentador político domingueiro da TVI, irá também alcunhar o Presidente, de Chico Esperto, como alcunhou, em tempos, e a despropósito, o Primeiro Ministro?

23 de janeiro de 2011

Apelo ao voto? II

Sim! Insisto! Devemos todos ir votar, não abdicarmos desse nosso direito, desse nosso dever. A campanha foi fraca, os candidatos deixam muito a desejar, mas a culpa também é de todos nós. É uma utopia, mas o ideal seria não haver abstenções, e todo o eleitorado (100%) ir votar, com consciência, com inteligência, a pensar mais no País do que em si próprio. Poderia haver, então, uma segunda volta, onde se diria tudo o que devia ter sido dito, e não foi, onde se esclareciria tudo o que devia ter sido esclarecido, e não foi. Teriamos, então, um Presidente que não seria nunca aquele que mais nos agradaria, mas que seria um Presidente muito mais responsável perante o País.

21 de janeiro de 2011

Apelo ao voto?

Sim! Devemos votar! Não é uma obrigação, mas é o nosso dever. Não voltemos as costas ao País, porque isso é voltarmos as costas a nós próprios como portugueses. Deixemo-nos de comodismos, instransigências, arrogâncias. Nenhum dos candidatos nos agrada, nos convence, nos motiva? Pois, mostremos o nosso desagrado, a nossa indignação, votando branco ou nulo, mas votemos. Não sejamos indiferentes, abstencionistas. Votar é o nosso dever de cidadãos, a confirmação da nossa cidadania, não abdiquemos deles por espúria atitude.

18 de janeiro de 2011

Para que conste!

Faço hoje 53 anos de casado, e de bem casado. Obrigado, Helena!

Sejamos justos!

Ele só quer manter-se como Presidente porque precisa daquele emprego. A mulher, a primeira dama, tem uma reforma muito pequena, vive à custa dele, e ele tem que a sustentar. É essa a obrigação dos maridos, não é?

10 de janeiro de 2011

Esclarecedor!

Parece que o general Eanes, que faz parte da comissão de honra da candidatura do candidato Cavaco, também, em tempos, foi convidado a adquirir das tais acções do BPN, mas porque o negócio não lhe cheirou bem, sendo um homem íntegro e honesto, não aceitou o comvite. Se ele o disse, está tudo dito!

Frase lapidar

Repesquei-a da revista Atual, suplemento do Expresso, de 8 de Janeiro, que a foi buscar ao Jornal "I". É do sociólogo Boaventura Sousa Santos e diz o seguinte: "Os mercados são um bando de criminosos que andam muito bem vestidos, mas são uns mafiosos".
O candidato Cavaco, que não é muito de ler jornais, se por acaso soube da frase, por algum dos seus assessores, deve ter ficado muito incomodado. Ele acha que não se deve incomodar tais senhores. O respeitinho é muito bonito!

9 de janeiro de 2011

Hoje há polvo!

É domingo, vamos ter connosco um casal amigo e resolvemos contratar um cozinheiro, o Marcelo, também amigo, para nos fazer e trazer o almoço. Escolhemos uma refeição de polvinhos à lagareiro, com bróculos, cenouras, batatinhas a murro. Vou regá-los com um tinto do Douro, o Vinha Grande, que costumo dizer que é o primo direito do Barca Velha. Para sobremesa, queijo, o Manchego, e mangas. Depois cafezinhos com biscoitos de milho e bolachas de cerveja. Um dia não são dias! Já me cresce água na boca, mas tenho que engoli-la, são nove horas e o almoço é só lá para a uma ou uma e meia da tarde. Há muito tempo para dar uma volta pelo bairro e comprar o jornal. Infelizmente as notícias não são melhores das que as dos muitos dias atrás. Há o enfarte do Jardim, o assassinato do Carlos Castro, a ameaça da vinda do FMI, e as tristes presidenciais. Mas a grande novidade é que o Coelho saiu da toca. Veio dizer-nos que se o FMI vier, quer que haja eleições. Ele já se está a ver a governar com o FMI a proteger-lhe as costas. Espertalhão!

8 de janeiro de 2011

Uma fantochada

Aquela entrevista da Judite de Sousa ao candidato Coelho, transmitida ontem à noite pela RTP, foi realmente um triste espectáculo. À tonta provocação dele, o destempero dela. Mas quem tem seguido a carreira de um e de outro com um mínimo de atenção, a da entrevistadora e a do político, não ficou de certo muito espantado. Ambos devem ter, descuidadamente, uma alta opinião de si próprios.

Para lá das acções

Não é somente sobre o negócio das acções do BPN que o candidato Cavaco deve dar explicações. Muito mais grave foi o caso das escutas, uma inventona através da qual quiz destruir o governo. E o seu silêncio perante as declarações do presidente da República Checa, enxovalhando o Portugal? E a sua submissão às exigências de Jardim não indo à Assembleia Regional e recebendo os deputados da oposição no hotel? E ...!
A sorte dele é termos a Comunicação Social que temos - até quando? - , quase toda ela subordinada à direita.

6 de janeiro de 2011

Regresso?

Talvez não seja ainda um regresso, mas as presidenciais, a vulgaridade e o baixo nível com que, na generalidade, têm decorrido, incitam-me a uma tomada de posição. Não sei, na verdade, se o país merecia ou não melhores candidatos do que os cinco que se propõem para a mais alta magistratura da nação. A escolha que o eleitorado vier a fazer esclarecerá tal dúvida. Confesso que, quanto a mim, só dois deles me não deixam tristemente indiferente e desiludido. Defensor de Moura, a quem felicito pela sua coerência e serenidade, pela clareza do seu discurso, pelos temas abordados, pelas denúncias apontadas. Cavaco Silva, para o vaiar pela sua vaidade e arrogância, pela sua tacanhez, pelo seu discurso mastigado e vazio, pela sua incomodidade face à crítica, à opinião contrária, à oposição. Que se cuide, pois, um dia, também ele poderá vir a cair da cadeira, perdão, do pedestal onde se colocou.