A idade avançada, estou a pouco mais de duas semanas dos 94, e a saúde frágil, convenceram-me a dar descanso ao Manojas, o meu blogue. Depois dos comentários de fevereiro, o último do dia 25, obriguei-me a poupá-lo. Cumpri, até agora, a obrigação, mas não me abstive de ir acompanhando, dia a dia, pelo jornal, pela TV, os eventos do nosso meio, da nossa terra, do mundo, e triste e indignado, com o que fui deparando, temendo o futuro que virá acolher a minha família, a vossa, a de todos, quebro-a agora para, pelo menos, me aliviar. No seguimento de um conflito, na Ucrânia, envolvendo o estado e dois territórios pró-russos, iniciado em 2014, que, há cerca de cinco meses, grassa uma guerra avassaladora entre a Rússia e a Ucrânia, guerra que se pode expandir , generalizar, e destruir a humanidade. Culpe-se quem a desencadeou, Vladimir Putin, presidente da Rússia, cujas justificações (o fim da neutralidade ucraniana, o pedido da adesão à Nato, o assédio militar do governo ucraniano aos territórios pró-russos, desrespeitando o acordo de Minsk) não o podem ilibar da irresponsabilidade do seu acto. Mas não se desculpe quem a provocou, a guerra, e depois a alimentou: o presidente Joe Biden, dos EUA, e o presidente Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, ajudados pelos principais políticos da União Europeia: Ursula von Der Leyen, Emmanuel Macron, Olaf Scholz, Mario Draghi. E, por favor, deixe-se de endeusar o vaidoso, ambicioso, palavroso, Zelensky, que, porventura, poderia ter evitado a invasão, se atuasse a tempo, desistindo da adesão à Nato e recuperando a neutralidade, em vez de arriscar-se a enfrentar uma guerra, mais do que certa, que iria destruir o seu país, vitimar milhares de pessoas, militares e civis, homens, mulheres e crianças, satisfazendo os propósitos de Joe Binden, no fundo também seus: enfraquecer, fragilizar a Rússia, humilhar o seu principal opositor. Fui aos factos, tudo o mais é conversa fiada. Nada pode justificar que se provoque ou se desencadeie uma guerra. Não tomei partido, não quis tomar partido. Num desentendimento, a verdade, as razões, nunca estão só de um lado. Evite-se a intransigência, o facciosismo, a cegueira do ódio. Condene-se a guerra, venha ela de onde vier, seja ela de quem for, não se condicione a paz, custe ela o que custar, doe ela o que doer. Guerra, não. Paz sim. Sempre!
