30 de julho de 2019

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20 de julho de 2019

META

Atravessei ontem, dia 19 de Julho de 2019, sem esforço, sem emoção, sem euforia, a meta, ainda não muito fácil de vencer, dos 90 anos. Mal agradecido seria se não agradecesse ao destino essa vitória, que, no entanto, não evita a ansiedade preocupada que venho sentindo, ao imaginar os "prémios" que me possam vir a caber, ainda mais agora, na caminhada que inicio em direcção à meta dos 100.  

7 de julho de 2019

Desculpas

Li hoje, no jornal Público, o editorial do director Manuel Carvalho, a propósito do artigo de ontem, da senhora Maria Fátima Bonifácio, "Podemos? Não, não podemos", que suscitou muitos protestos de leitores, de vários jornalistas e dos membros eleitos do Conselho de Redacção, do Público. Não li nem vou ler o texto da senhora, pois, há muito a deixei de ler. Segundo o director Carvalho, é um discurso nos limites do ódio, insultuoso, a raiar o racismo, a xenofobia, o que, a mim, não me  surpreende. Mas então porque é publicado? Explica o director Carvalho, que por isto e por aquilo, pelo espaço plural, pela liberdade de expressão, pela intelectual consagrada e prestigiada na sua área científica. Explicações a aceitar, para mim, com muitas reservas. Mas quem sou eu para duvidar, como duvido, do prestígio consagrado da historiadora Bonifácio? Aliás, pergunto-me: qual será a  área científica a que se refere o director Carvalho?

1 de julho de 2019

Pela Europa

Às segundas, quartas e  sextas-feiras a última página do jornal Público, a cargo do comentador Rui Tavares, é, maioritariamente, de esquerda, e faço a ressalva porque não quero comprometer Luís Afonso e o seu Bartoon, que estão lá todos dias, ou seja, também às terças, quintas e sábados em que a página é de direita, com o "justiceiro", J.M.Tavares e aos domingos em que ela é o que for, com o ressabiado V. Jorge Silva. Hoje, dia 1 de Julho, é segunda feira, e o artigo de Rui Tavares, historiador, fundador do Livre, europeísta convicto, é sobre a Europa, mais precisamente, sobre a cimeira do Conselho Europeu onde se discute a atribuição dos principais cargos na União Europeia, e intitula-se: "Há maioria para uma eurogeringonça; usem-na". Rui Tavares apela, e bem, aos responsáveis dos partidos de esquerda dos países presentes no Conselho Europeu que se unam e se imponham ao Partido Popular Europeu, de direita, que perdeu a maioria absoluta, embora tenha ficado em primeiro nas eleições, sugerindo uma geringonça à portuguesa. Infelizmente, não é certo que tal venha a acontecer da maneira mais satisfatória. Aguardemos. 
Digo e repito, enquanto as esquerdas não deixarem de digladiar entre si, enquanto não se desempoeirarem, a sério, e a sério se unirem, estarão sempre em desvantagem face à direita, mesmo quando esta possa estar, momentaneamente, na mó debaixo. A direita tem mais capital, tem assim mais poder, e, além disso, tem menos escrúpulos.




Ainda em Junho

Hoje, 30 de Junho, de manhã, como todos os dias, sou de hábitos, saio e vou ao quiosque do Joâo comprar o jornal,  o Público; do mal o menos. Está, como sempre, pousado ao lado do manhoso C.da M., para o qual sempre evito olhar para não me agoniar. Vou para casa, o único sítio onde, verdadeiramente, gosto de ler, onde só, como estudante, estudava com proveito, nunca em esplanadas ou cafés, gostos não se discutem, e folheio-o. Na página que completa a página do editorial, como sempre sob o título Escrito na Pedra, uma frase: O país não precisa de quem diga o que está errado; precisa de quem saiba o que está certo, da autoria de Agustina Bessa-Luís. Fico surpreso, sem grande razão para tal, só pelo facto de não ser grande apreciador dos livros da escritora, embora reconhecendo o seu valor literário, e disse para comigo que duvidava que tivesse sido o Carvalho, director do jornal, a escolher tal sentença. Mas se foi, então que a siga. No entanto, bem intencional, a frase é de anos atrás, e, creio, proferida durante uma situação  política do país, mais ao seu gosto, bem diferente da actual, ou Agustina Bessa-Luís não a teria dito ou escrito. Continuo a folheá-lo e, deixando para mais tarde, a Economia, o Mundo, o Desporto, a Cultura, vou à última página que ao domingo está a cargo do ex-socialista ressabiado, V. Jorge Silva, antevendo o que ia encontrar. Não me enganei. No artigo, "O país da bússola perdida", empola o que considera estar errado, teimando não saber o que está certo. Para ele a desafinação do "país da bússola política perdida", revela um Governo dividido nas suas sete quintas, onde prevalece a regra do salve-se quem puder", Centeno está absorvido a celebrar o défice e entende que o SNS está melhor do que estava, o primeiro-ministro anda enervado por causa das esperas no cartão do cidadão. Enfim, está tudo mal, está tudo pela ruas da amargura. V. Jorge Silva acamarada bem com outro cliente da última página,o comissário presidencial do 10 de Junho, J.M.Tavares, não o confundir, por favor, com o historiador Rui Tavares. Não, o jornalista J.M. Tavares é, presentemente, "o justiceiro-mor e pregador moral do reino", conforme o classifica Sousa Tavares (é notório que há Tavares bons e Tavares maus), no seu corajoso e excelente artigo, Os Intocáveis..