23 de janeiro de 2011

Apelo ao voto? II

Sim! Insisto! Devemos todos ir votar, não abdicarmos desse nosso direito, desse nosso dever. A campanha foi fraca, os candidatos deixam muito a desejar, mas a culpa também é de todos nós. É uma utopia, mas o ideal seria não haver abstenções, e todo o eleitorado (100%) ir votar, com consciência, com inteligência, a pensar mais no País do que em si próprio. Poderia haver, então, uma segunda volta, onde se diria tudo o que devia ter sido dito, e não foi, onde se esclareciria tudo o que devia ter sido esclarecido, e não foi. Teriamos, então, um Presidente que não seria nunca aquele que mais nos agradaria, mas que seria um Presidente muito mais responsável perante o País.

21 de janeiro de 2011

Apelo ao voto?

Sim! Devemos votar! Não é uma obrigação, mas é o nosso dever. Não voltemos as costas ao País, porque isso é voltarmos as costas a nós próprios como portugueses. Deixemo-nos de comodismos, instransigências, arrogâncias. Nenhum dos candidatos nos agrada, nos convence, nos motiva? Pois, mostremos o nosso desagrado, a nossa indignação, votando branco ou nulo, mas votemos. Não sejamos indiferentes, abstencionistas. Votar é o nosso dever de cidadãos, a confirmação da nossa cidadania, não abdiquemos deles por espúria atitude.

18 de janeiro de 2011

Para que conste!

Faço hoje 53 anos de casado, e de bem casado. Obrigado, Helena!

Sejamos justos!

Ele só quer manter-se como Presidente porque precisa daquele emprego. A mulher, a primeira dama, tem uma reforma muito pequena, vive à custa dele, e ele tem que a sustentar. É essa a obrigação dos maridos, não é?

10 de janeiro de 2011

Esclarecedor!

Parece que o general Eanes, que faz parte da comissão de honra da candidatura do candidato Cavaco, também, em tempos, foi convidado a adquirir das tais acções do BPN, mas porque o negócio não lhe cheirou bem, sendo um homem íntegro e honesto, não aceitou o comvite. Se ele o disse, está tudo dito!

Frase lapidar

Repesquei-a da revista Atual, suplemento do Expresso, de 8 de Janeiro, que a foi buscar ao Jornal "I". É do sociólogo Boaventura Sousa Santos e diz o seguinte: "Os mercados são um bando de criminosos que andam muito bem vestidos, mas são uns mafiosos".
O candidato Cavaco, que não é muito de ler jornais, se por acaso soube da frase, por algum dos seus assessores, deve ter ficado muito incomodado. Ele acha que não se deve incomodar tais senhores. O respeitinho é muito bonito!

9 de janeiro de 2011

Hoje há polvo!

É domingo, vamos ter connosco um casal amigo e resolvemos contratar um cozinheiro, o Marcelo, também amigo, para nos fazer e trazer o almoço. Escolhemos uma refeição de polvinhos à lagareiro, com bróculos, cenouras, batatinhas a murro. Vou regá-los com um tinto do Douro, o Vinha Grande, que costumo dizer que é o primo direito do Barca Velha. Para sobremesa, queijo, o Manchego, e mangas. Depois cafezinhos com biscoitos de milho e bolachas de cerveja. Um dia não são dias! Já me cresce água na boca, mas tenho que engoli-la, são nove horas e o almoço é só lá para a uma ou uma e meia da tarde. Há muito tempo para dar uma volta pelo bairro e comprar o jornal. Infelizmente as notícias não são melhores das que as dos muitos dias atrás. Há o enfarte do Jardim, o assassinato do Carlos Castro, a ameaça da vinda do FMI, e as tristes presidenciais. Mas a grande novidade é que o Coelho saiu da toca. Veio dizer-nos que se o FMI vier, quer que haja eleições. Ele já se está a ver a governar com o FMI a proteger-lhe as costas. Espertalhão!

8 de janeiro de 2011

Uma fantochada

Aquela entrevista da Judite de Sousa ao candidato Coelho, transmitida ontem à noite pela RTP, foi realmente um triste espectáculo. À tonta provocação dele, o destempero dela. Mas quem tem seguido a carreira de um e de outro com um mínimo de atenção, a da entrevistadora e a do político, não ficou de certo muito espantado. Ambos devem ter, descuidadamente, uma alta opinião de si próprios.

Para lá das acções

Não é somente sobre o negócio das acções do BPN que o candidato Cavaco deve dar explicações. Muito mais grave foi o caso das escutas, uma inventona através da qual quiz destruir o governo. E o seu silêncio perante as declarações do presidente da República Checa, enxovalhando o Portugal? E a sua submissão às exigências de Jardim não indo à Assembleia Regional e recebendo os deputados da oposição no hotel? E ...!
A sorte dele é termos a Comunicação Social que temos - até quando? - , quase toda ela subordinada à direita.

6 de janeiro de 2011

Regresso?

Talvez não seja ainda um regresso, mas as presidenciais, a vulgaridade e o baixo nível com que, na generalidade, têm decorrido, incitam-me a uma tomada de posição. Não sei, na verdade, se o país merecia ou não melhores candidatos do que os cinco que se propõem para a mais alta magistratura da nação. A escolha que o eleitorado vier a fazer esclarecerá tal dúvida. Confesso que, quanto a mim, só dois deles me não deixam tristemente indiferente e desiludido. Defensor de Moura, a quem felicito pela sua coerência e serenidade, pela clareza do seu discurso, pelos temas abordados, pelas denúncias apontadas. Cavaco Silva, para o vaiar pela sua vaidade e arrogância, pela sua tacanhez, pelo seu discurso mastigado e vazio, pela sua incomodidade face à crítica, à opinião contrária, à oposição. Que se cuide, pois, um dia, também ele poderá vir a cair da cadeira, perdão, do pedestal onde se colocou.