Nasci cerca de 10 anos antes do início da Guerra Civil Espanhola e da Segunda Grande Guerra Mundial, tendo-as acompanhado até ao fim, até aos meus 17 anos. Foram para mim as primeiras, mas não as últimas, como, aliás, já anteriormente tinha havido muitas mais. A chamada guerra, nasceu, cresceu e desenvolveu-se com o ser humano, faz parte dele, da existência dele, da nossa vida. Os dicionários e enciclopédias definem-na como uma luta armada entre duas ou mais nações, ou, até, mas apenas em sentido figurado, como uma rixa, contenda ou inimizade, entre pessoas ou famílias. Eu diria que a guerra é um crime, o mais grave dos crimes de morte cometidos pelo ser humano. Do meu tempo, são ainda estas guerras: a Colonial, a do Golfo, a do Vietname, a do Iraque, a da Síria, a do Líbano, a do Afeganistão, as dos Israelos-Árabes, e sei lá quantas mais, e do próximo fim dele, do meu tempo, esta guerra que agora nos atormenta, a da Rússia vs Ucrânia, que começa já a ser a da Rússia vs NATO, o que nos leva a temer que venha a haver, no futuro, uma guerra atómica ou termonuclear, ou seja, a guerra do fim da humanidade. Já tive ocasião de comentar aqui, neste meu blogue, o conflito da Rússia com a Ucrânia, confirmando que, indubitavelmente, foi a Rússia que o iniciou, a Ucrânia que o provocou, o Ocidente, encabeçado pelos EUA, apoiado pela UE e demais subalternos seus, que o alimentou e continua a alimentar, como se esse fosse o melhor caminho para ganhar a paz. Não era, não é, mas como perder a oportunidade de enfraquecer o inimigo, senão arrastando-o para uma guerra sem fim previsível? A Rússia e a Ucrânia, envolvidas, há muito, num ressentimento mútuo que as faziam e fazem odiar-se, enveredaram pelo confronto, a primeira acusando a segunda de nazismo e não aceitando que esta se filie na NATO, abandonando a sua neutralidade em relação a si, a segunda com um passado recente nada louvável, teimando precisamente no contrário, deixar de ser neutral, e insistir em bater à porta da NATO. E veio a invasão, a que Putin chamou "operação militar especial" e deu a missão de "desmilitar" e "desnazificar", que se transformou numa guerra que nos oprime e assusta. Guerra é guerra, as justificações dadas não ilibaram, não ilibam, pois, os presidentes da Rússia, Putin, da Ucrânia, Zelensky, dos EUA, Biden, do crime assumido, o desencadear , provocar, alimentar, a guerra. essa guerra que, porventura no mínimo, iria destruir um país, e matar milhares, e de civis inocentes: homens, mulheres, crianças. O que já aconteceu e vai continuar. Esta guerra não devia mesmo ter acontecido. Só que, quem podia ter tentado travá-la, ou no mínimo adiá-la, não o fez, aceitando, interesseiramente, propósitos alheios, coincidentes com os seus. Refiro-me, naturalmente, ao endeusado e ganancioso Zelensky, e aos ambiciosos objectivos políticos dos EUA, o vir a ser o dono disto tudo. Seja como for, este conflito Rússia Vs Ucrânia é apenas mais um episódio, embora distante e indirecto, do confronto, já antigo, mas não esquecido, entre os EUA e a Rússia soviética, a URSS, que se foi agravando a partir dos fins da Segunda Grande Guerra Mundial, até à Guerra Fria entre as duas potências, que, favorável aos EUA, originou a queda da União Soviética. Só que a Rússia, propriamente dita, sobreviveu, e, embora humilhada, fragilizada e em crise, foi-se recompondo, até voltar a ser uma potência a considerar. E o confronto, adormecido, mas não esquecido, regressou, intransigente e sem fim à vista. E a Ucrânia foi o pretexto para elas se avaliarem. Para a Rússia ela seria mais um partido armado pela NATO, com longas fronteiras abertas e as armas apontadas para si. Daí as queixas de que estava a ser ameaçada. Para os EUA, no entanto, a Ucrânia apenas estaria a reforçar a defesa do Ocidente. Putin não terá avaliado devidamente a resistência ucraniana, nem imaginado a desabrida reacção ocidental, e Biden terá sonhado que talvez tivesse chegado a altura de ser ele a conseguir sero dono disto tudo. Vamos lá saber? Mas sabemos que estamos e vamos estar em guerra, e que esta está e vai estar muito perto de se tornar um desastre nuclear.
do Líbano,