2 de novembro de 2022

Manojas: Eu e o Brasil

 

Viva o Brasil! Viva o Lula! Abaixo o Bolsonaro! Lula da Silva venceu as eleições e será de novo o Presidente democrata do Brasil. Foi, é um alívio, mas não uma despreocupação. Basta olharmos o resultado  final da votação: Lula 50,9% e Bolsonaro 49,1%. É o Brasil dividido ao meio com a particularidade de todos os votos em Bolsonaro serem os votos dos incondicionais do bolsonarismo, mas nem todos os votos em Lula, muito pelo contrário, serem por ele, mas apenas contra o seu adversário. Lula, na sua governação, não vai ter o apoio unânime do Brasil da direita, esquerda e centro democráticos, mas vai ter contra ela, também, toda a raiva política dos bolsonaristas e seus capangas.  O futuro próximo do Brasil, vai ser agitado, difícil, perigoso. Oxalá, muito sincera e sentidamente o digo, me engane nestas minhas breves e modestas considerações e previsões. Mas de descendência brasileira, tinha e devia tomar posição, e, sim, contra o fascismo bolsonarista, como, antes, sempre o tomei, como português, contra o fascismo  salazarista. Tenho sangue brasileiro, a minha avó materna era brasileira, tenho, penso ainda ter, amigos brasileiros, e não esqueço o que muito aprendi, e me orientou, com a muita e ávida leitura da literatura brasileira. Assim, ansioso e expectante pelo que de lá virá,  por aqui me fico. E, viva o Brasil!                                                              

2 de outubro de 2022

 

Surpreendido, mas muita admiração, li o artigo do professor universitário Viriato Soromenho Marques, intitulado "Dentro do pandemónio", publicado no Diário de Noticias, de ontem, dia 1 de outubro, e transcrito no blogue  Estátua de Sal, de hoje, dia 2. que se refere à sabotagem dos pipelines Nordstream 1 e 2 e faz alguns comentários à situação conflituosa que, não só a Europa, mas todo o nosso mundo está a enfrentar. Com muito poucas excepções, a estupidez, cegueira, irresponsabilidade, falsidade, de muitas das notícias que jornais e TV nos têm transmitido, sobre a situação referida, é avassaladora.        Entendi, assim, que era bem merecido que o Manojas aconselhasse no nosso blogue a leitura do artigo de alguém que é alguém.

 

24 de setembro de 2022

A GUERRA É UM CRIME

 Nasci cerca de 10 anos antes do início da Guerra Civil Espanhola e da Segunda Grande Guerra Mundial, tendo-as acompanhado até ao fim, até aos meus 17 anos. Foram para mim as primeiras, mas não as últimas, como, aliás, já anteriormente tinha havido muitas mais.                                                      A chamada guerra, nasceu, cresceu e desenvolveu-se com o ser humano, faz parte dele, da existência dele, da nossa vida. Os dicionários e enciclopédias definem-na como uma luta armada entre duas ou mais nações, ou, até, mas apenas em sentido figurado, como uma rixa, contenda ou inimizade, entre pessoas ou famílias. Eu diria que a guerra é um crime, o mais grave dos crimes de morte cometidos pelo ser humano.                                                                                                                                                Do meu tempo, são ainda estas guerras: a Colonial,  a do Golfo, a do Vietname, a do Iraque, a da Síria,  a do Líbano, a do Afeganistão, as dos Israelos-Árabes,  e sei lá quantas mais, e do próximo fim dele, do meu tempo, esta guerra  que agora nos atormenta, a da Rússia vs Ucrânia, que começa já a ser a da Rússia vs NATO, o que nos leva a temer que venha a haver, no futuro, uma guerra atómica ou termonuclear, ou seja, a guerra do fim da humanidade.                                                                             Já tive ocasião de comentar aqui, neste meu blogue, o conflito da Rússia com a Ucrânia, confirmando que, indubitavelmente, foi a Rússia que o iniciou, a Ucrânia que o provocou, o Ocidente, encabeçado pelos EUA, apoiado pela UE e demais subalternos seus, que o alimentou e continua a alimentar, como se esse fosse o melhor caminho para ganhar a paz. Não era, não é, mas como perder a oportunidade de enfraquecer o inimigo, senão arrastando-o para uma guerra sem fim previsível?                                      A Rússia e a Ucrânia, envolvidas, há muito, num ressentimento mútuo que as faziam e fazem odiar-se, enveredaram pelo confronto, a primeira acusando a segunda de nazismo e não aceitando que esta se filie na NATO, abandonando a sua neutralidade em relação a si, a segunda com um passado recente nada louvável, teimando precisamente no contrário, deixar de ser neutral, e insistir em bater à porta da NATO. E veio a invasão, a que Putin chamou "operação militar especial" e deu a missão de "desmilitar" e "desnazificar",  que se transformou numa guerra que nos oprime e assusta.                                   Guerra é guerra, as justificações dadas não ilibaram, não ilibam, pois, os presidentes da Rússia, Putin, da Ucrânia, Zelensky, dos EUA, Biden, do crime assumido, o desencadear , provocar, alimentar, a guerra. essa guerra que, porventura no mínimo, iria destruir um país, e matar milhares, e de civis inocentes: homens, mulheres, crianças. O que já aconteceu e vai continuar.                                             Esta guerra não devia mesmo ter acontecido. Só que, quem podia ter tentado travá-la, ou no mínimo adiá-la, não o fez, aceitando, interesseiramente, propósitos alheios, coincidentes com os seus. Refiro-me, naturalmente, ao endeusado e ganancioso Zelensky, e aos ambiciosos objectivos políticos dos EUA, o vir a ser o dono disto tudo.                                                                                                                   Seja como for, este conflito Rússia Vs Ucrânia é apenas mais um episódio, embora distante e indirecto, do confronto, já antigo, mas não esquecido, entre os EUA e a Rússia  soviética, a URSS, que se foi agravando a partir dos fins da Segunda Grande Guerra Mundial, até à Guerra Fria entre as duas potências, que, favorável aos EUA, originou a queda da União Soviética. Só que a Rússia, propriamente dita, sobreviveu, e, embora humilhada, fragilizada e em crise, foi-se recompondo, até voltar a ser uma potência a considerar. E o confronto, adormecido, mas não esquecido, regressou, intransigente e sem fim à vista. E a Ucrânia foi o pretexto para elas se avaliarem. Para a Rússia ela seria mais um partido armado pela NATO, com longas fronteiras abertas e as armas apontadas para si. Daí as queixas de  que estava a ser ameaçada. Para os EUA, no entanto, a Ucrânia  apenas estaria a reforçar a defesa do Ocidente.                                                                                                                                                 Putin não terá avaliado devidamente a resistência ucraniana, nem imaginado a desabrida reacção ocidental, e Biden terá sonhado que talvez tivesse chegado a altura de ser ele a conseguir sero dono disto tudo. Vamos lá saber?                                                                                                                      Mas sabemos que estamos e vamos estar em guerra, e que esta está e vai estar muito perto de se tornar um desastre nuclear.
















 do Líbano,    

6 de setembro de 2022

Manso é que não é.

 Fiz alguns comentários a textos da autora do blogue (Um jeito manso). Nunca me respondeu directamente  às  explicações que eu entendia dar-lhe nem nunca tentou concretizar as acusações que insinuava sobre o que eu dizia, fazia ou pensava. Acabou  por não publicar o que eu lhe escrevia. Desafiei--a a enviar para o meu blogue os comentários que eu lhe tinha enviado, que comprovariam ou não as razões da sua atitude. Até agora não fez. Assunto encerrado. Para quê insistir, para quê enervar-lhe, ainda mais, a mansidão.

2 de setembro de 2022

POTUGAL ESTÁ EM FESTA

 Vá lá, não encolham o ombros, festa é festa, e as de hoje merecem ser valorizadas. O arranque da 46ª Festa do Avante do PCP e o Benfica ter obtido a 9ª vitória consecutiva futebolística oficial da presente temporada. Digo-o com sincera satisfação, mas alguma tristeza, senão muita, pois a saúde e a idade (ai os noventa) não me têm permitido estar presente no Estádio da Luz, onde fui à sua inauguração e assisti à estreia do Eusébio (sou, fui, sócio desde os 7 anos), nem à Quinta da Atalaia onde se abriga, actualmente, a Festa do Avante a cuja estreia também assisti, e acompanhei durante alguns anos. Que saudades! Viva o Benfica e viva a Festa do Avante do PCP.

Não, não sou militante partidário político, nunca fui, mas se tivesse sido, era dele.


22 de agosto de 2022

Para a História da Literatura Policial Portuguesa que um dia alguém há-de escrever -27

 PRINCIPAIS PROTAGONISTAS/INVESTIGADORES DA LITERATURA POLICIAL PORTUGUESA 

RUSTY BROWN, pseudónimo do escritor Miguel Barbos, detective marginal, sempre sem cheta, sem eira nem beira, desenrascado, imprevisível, mulherengo, escritor narrador das suas loucas e divertidamente inventadas aventuras, iniciadas em 1982.

DIPLOMATA (DIPLO), alguém que tendo fortuna própria, resolveu dedicar a sua vida a perseguir  os maus e a ajudar os bons. As suas aventuras começaram a ser relatadas, em 1983, pelo escritor Artur Cortez, pseudónimo do escritor Modesto Navarro, que em 1993, assina um romance onde dá o protagonismo  a Artur Cortez e revela que este é o Diplomata, conhecido por DIPLO. O criador e as suas criaturas são uma e a mesma pessoa.

Dr. DUQUE, o cartomante do raciocínio, como o apelidou o seu criador, Reinaldo Ferreira, o Repórter X, que o descreveu como um homem perto dos quarenta anos, de olhos azuis, magro, pálido, feio, distinto de aparência, e divulgou as suas proezas detectivescas através da publicação, em 1929 e 1930, das suas memórias extraordinárias. O dr. Duque foi porventura o mais notável dos muitos heróis criados por Reinaldo Ferreira,  dos quais é justo mencionar: João de Portugal, o major Herculano Malafaia, Juca, o motorista alcunhado de Menjou da Estefânia, Kiá, o rei dos repórteres, João ou José Roxo, um detective português do século XVIII, o aventureiro Mosqueteiro do Ar, e Agulha, o endiabrado ardina detective. 

FRANÇA, MÁRIO, que se considera o melhor detective do mundo, o que é corroborado pelo su amigo e escritor Miguel Miranda, divulgador das suas mirabolantes, imprevisíveis e perigosas aventuras. Reside no Porto e tem como ajudantes uma trupe de marginais com os quais contacta através de um pombo-correio.

FRANCO, JOEL, inspector da Polícia Judiciária de Lisboa, da secção homicídios, um ruivo, alto e magro, licenciado em Direito.  A profissão escolhida a dever-se muito á tragédia que viveu e o marcou, durante a sua infância de estudante seminarista. Uma noite, no seminário onde estava internado, encontrou estendido no chão, longe da camarata dormitório, maltratado, já sem vida, o seu grande amigo Augusto. Tinham ambos nove anos. A tragédia, abafada, não explicada, abalou--o, profundamente, e ele jurou a si próprio que um dia iria descobrir o que tinha acontecido. As suas investigações são relatadas pelo escritor José Pedro Rosado.

HASKINS, DICK, cidadão britânico, filho de pai inglês e mãe portuguesa, reputado repórter criminologista do jornal Times, de Londres, com estreitas ligações à Scotland Yard, um homem de 1,80 m. de altura, olhos castanhos e cabelo preto, assim o revela o seu passaporte. Mas ele é, simultaneamente, o pseudónimo do escritor português António de Andrade Albuquerque, autor dos livros que, desde1958, relatam as suas investigações.

MARCOLM, LORDE ROBERT, um aristocrata inglês, de 33 anos, de olhos cinzentos, belo, alto, forte, esbelto, inteligente, culto, bom e justo, de uma estrutura moral imaculada. O escritor W. Strong-Roos, pseudónimo de Francisco Valério Borreho de Rajanto de Almeida Azevedo traça um verdadeiro panegírico exagerado sobre a sua criatura. protagonista dos seus romances policiais, o prtmeiro dos quais datado de 1956, julgo que para de algum modo amenizar os temas abordados, sempre incidindo no pior da alma humana. 

MARQUES-SMITH, ANDRE, director do Gabinete de Informação s Imprensa do, Ministério dos Negócios Estrangeiros, e, simultaneamente, com o nome de código, Freelancer, agente da Cadmo, organização internacional de espionagem. O divulgador da sua dupla personalidade é o escritor Nuno Nepomuceno.

MAYNARD, PETER, um assassino profissional americano, sem ligação ao Sindicato do Crime, amante da música, grande leitor, dado a citações literárias e a monólogos de feição filosófica. Ele nunca aceita qualquer serviço sem primeiro saber quem é a vítima e as razões por que a querem matar, para depois fazer seu próprio juízo. Os seus casos  começaram a s ser divulgados pelo escritor McShane, pseudónimo do escritor Dinis Machado, em 1967.

NEVES  MIGUEL, inspector da Polícia Judiciária de Lisboa, da secção homicídios, ele  próprio relator das  suas investigações, através da pena do escritor Rui Araújo, de quem é pseudónimo. É casado, em segundas núpcias, com Tânia Sanz, jornalista de investigação.

PONTE, GABRIEL, ex-inspector da Polícia Judiciária de Lisboa, de quarenta e quatro anos, reformado compulsivamente por invalidez, por razões relacionadas com o assassinato do marido da sua amante, a jornalista Filomena Coutinho, caso que originou o fim do seu casamento com Patrícia Ponte, inspectora-coordenadora da Policia Judiciária de Lisboa, da brigada de homicídios. Seis anos após a sua aposentação forçada e o seu divórcio, volta à acção, a título particular, a pedido e em auxílio da sua ex-mulher. O relato das investigações do ex-casal, nas quais intervém a citada jornalista, são da autoria do escritor José Pedro Rosado.

RAFAEL, de seu nome completo Rafael Santini, padre italiano, agente dos serviços secretos do Vaticano, com um estatuto digno de um 007, para quem os fins justificam os meios, na defesa do sumo pontífice e dos altos desígnios da Igreja Católica Apostólica Romana. Quem o denuncia é o escritor Luís Miguel Rocha ao longo das suas investigações sobre os mistérios da Cidade Santa.

RAMOS, JAIME, inspector da Polícia Judiciária do Porto, um investigador já veterano, responsável pela secção de homicídios, que habitualmente faz dupla com o seu colega e amigo Filipe Castanheira. É gastrónomo, não tem família, vive sózinho, mas tem uma namorada que vive no mesmo prédio, noutro andar. Quem o conhece bem é o escritor Francisco José Viegas, que lhe ficciona as investigações desde 1989.

ULIANOV, pseudónimo de Serguei Denisovich Tchekhov, refugiado russo acomodado em Portugal, ex-KGB, ex-coronel da Spetsialnoye Nazranic (forças especiais soviéticas), que adoptou, para seu nome, a alcunha que lhe foi dada pelos seus ex-colegas. Um colosso com dois metros de altura, louro e de olhos verdes, um homem perigoso que, como ele próprio o reconhece, só pode ser, só sabe ser, ou um polícia, ou um soldado, ou um assassino. Apresentado aos leitores pelo escritor Pedro Garcia Rosado, ele vai mesmo actuar, anonimamente e em comunhão, como polícia, soldado e assassino.   

   







Para a História da LIteratura Policial Portuguesa que um dia alguém há-de escrever - 26

       ÌNDICE

Introdução

SÉCULOS XIX E XX:                                                                                                                                Na Monarquia                                                                                                                                              Na 1ª República                                                                                                                                            Na Ditadura (Estado Novo)                                                                                                                        No Portugal  Democrático

SÈCULO XXI:                                                                                                                                          No Portugal Democrático (continuação)   

CONCLUSÃO

ANEXOS:                                                                                                                                          Principais autores/cultores                                                                                                                    Principais protagonistas/investigadores                                                                                            Autores citados                                                                                                                                Colecções                                                                                                                                    Periódicos                 

BIBLIOGRAFIA GERAL                 


20 de agosto de 2022

Para a História da Literatura Policial Portuguesa que um dia alguém há-de escrever - 25

                                                         EM GUISA DE CONCLUSÃO                                                   Obviamente, não li todos os títulos registados (contos, folhetins, relatos, romances), e alguns que li, filo de través, mas, para tirar dúvidas, não descurei a consulta a pareceres e recensões críticas. No entanto, algumas ou muitas das escolhas feitas para o fim em vista, não foram particularmente difíceis, dado que a maior parte destes textos surgem integrados em colecções que se assumem como albergando histórias de crime, de mistério, de terror, de espionagem, de aventuras, identificadas como pertencendo, com maior ou menor legitimidade, ao universo do policial, enquanto outros, embora fora de tais colecções, os próprios editores e autores, até pelos títulos escolhidos, logo os perfilam perto ou dentro desse mesmo universo. E um ou outro deve unicamente a sua presença ao meu entendimento e justificação - que sou quem os selecciona - como é o caso do romance, Todos os nomes, de José Saramago.                                                              No início fiz uma destrinça, que me pareceu pertinente, entre literatura pré-policial e literatura policial. Mas há outra que me parece importante e justo fazer. É a destrinça entre autores que assumem a pertença e contribuem para a existência de um género policial português ou à portuguesa, a maioria, e autores que, episodicamente, intencionalmente ou não, utilizam algumas ferramentas do género policial, género de maior e mais fácil apetência popular, o que eventualmente, lhes pode proporcionar uma muito maior audiência, para temas que denunciam situações de natureza política e ou social, do presente ou do passado histórico. São disso exemplos, exemplares, no primeiro caso, aqueles que menciono no capítulo que identifico como autores/cultores da literatura policial portuguesa, e, no segundo caso, autores como, Jorge Reis, com o Matai-vos uns aos outros, José Cardoso Pires, com Balada da praia dos cães, Clara Pinto Correia, e o Adeus princesa, ou Hugo Santos, com A morte do professor. Destes, só o romance de Jorge Reis é anterior ao 25 de abril, o que lhe valeu a interdição, provavelmente,  mais por ser de quem era do que pelo próprio texto, pois a censura salazarista pouco incomodou a ficção policial, por ignorância, talvez, mas também devido à precavida auto censura praticada por autores,  editores e tradutores para que tal se verificasse.    E é em jeito de enquadramento cultural, político, social, que no fim de cada ano registo e faço referência a algumas publicações de outros géneros literários e a alguns acontecimentos relevantes da vida do país.                                        Não se pode acusar o universo da ficção policial portuguesa de nada nos ter oferecido de relevante durante estas  primeiros 20 anos do novo século   Surgiram novos autores, embora não muitos, dos que possam ser considerados, verdadeiramente, cultores da literatura policial. e dos antigos, alguns ainda continuam activos. A escassez, no entanto, real, não a ignorei, e por isso o suporte dado, referenciando também obras de alguma proximidade, intencional ou não, ao género policial, desses e doutros autores. Dos primeiros, o destaque, merecido, vai para Pedro Garcia Rosado, autor de 10 romances policiais, não do estilo clássico, mas verdadeiros thrillers de inspiração norte-americana, mas bem inseridos na realidade portuguesa, acompanhado pelo versátil Francisco Moita Flores, com sua vasta experiência de criminalista, por Rui Araújo e o seu provocador estilo de jornalista, pelo imprevisível e sarcástico Miguel Miranda, pelo malogrado Luís Miguel Rocha, por Nuno Nepomuceno, fantasioso e desmedido. Dos antigos, saúde-se o conto longo ou pequeno romance, póstumo, de McShade, ele é o inesquecível Dinis Machado, o regresso, certamente episódico, de Rusty Brown, ele é o apreciado Miguel Barbosa, os dois romances de António A, Albuquerque, que se libertou de Dick Haskins, e a valiosa e persistente presença de literária da enigmática Ana Teresa Pereira e do consistente Francisco José Viegas.


 

 






Para a História da Literatura Policial Portuguesa que um dia alguém há-de escrever - 24

                                                                                  

                                                                                2008

Amado, Nuno (Lisboa -), psicólogo, professor, escritor                                                                              Param todos os relógios, romance.  V. 1ª edição, Oficina do Livro, Lisboa 

Cotese, Vasco                                                                                                                                     Carga, romance sobre o criminoso negócio do tráfico humano.    v. 1ª edição, Oficina do Livro, Lisboa                                                                                                

Ferreira, Reinaldo                                                                                                                             Punhis misteriosos, romance , cuja primeira publicação, como folhetim, se deu no Correio da Manhã,  em 1924, com o pseudónimo do autor, Edgar Duque.     v. 1ª edição, PIM Edições, Lisboa

Flores, Francisco Moita                                                                                                                            O O misterio  do caso de Campolide, romance. Um policial clássico, no Portugal salazarista do Estado Novo, em 1937.    v. 1ª edição, Casa das Letras, Lisboa

Guilherme, Elsa                                                                                                                                        As casas também morrem, romance.   v. 1ª edição, Coolbooks (Pedro Colaço), Porto Editores, Porto 

Magalhães, Gabriel                                                                                                                                 Os crimes inocentes, romance.     v. 1ª edição, Planeta, Lisboa

Miranda, Miguel                                                                                                                                            Sete janelas com vista para a morte, romance.                                                                                  v. 1ª    v. 1ª edição, Marcador, colecção Marcador Literatura, Porto 

Nepomuceno, Nuno                                                                                                                              Pecados Santos, romance.   v. 1ª edição. Cultura Editor, Lisboa

Rocha, Luís Miguel, Porfírio Pereira da Silva e Rui Sequeira                                                 Resignação, romance.   v. 1ª edição, Porto Editora, Porto

Vidal, Pedro                                                                                                                                                 A primeira vez, romance.   1ª edição, Vieira da Silva, colecção Ficção, Lisboa

Vila Verde, Vitor                                                                                                        


                                A irmandade, romance.    v. 1ª edição, Prosas e Estrofes Editores, Porto

                                                                     *****

Publicação do livro, Pão de Açúcar, de Afonso Reis Cabral                                                                Publicação do livro, Memórias Secretas, de Mário Claudio                                                                 Publicação do romance, O escuro que te ilumina, José Riço Direitinho

Rui Rio é eleito presidente do  Partido Social Democrata PSD)                                                      António Costa é reeleito secretário-geral do Partido Socialista (PS)                                                  António Vitorinoé eleito director-geral da Organização Internacional para as Migrações 

                                                                            2019

Ademar, Carlos                                                                                                                                         O homem da Carbonária, romance.      v. 1ª edição, Prsifal PT, Lisboa

Almeida, Jacinto Rego de                                                                                                                  Traga uma orelhade Pedro Sanxhes, romance.   v. 1ª edição, Espaço Ulmeiro, Lisboa  

Nepomuceno, Nuno                                                                                                                                   A última ceia, romance.    v. 1ª edição, Cultura Editora, Lisboa

Tordo, João                                                                                                                                                 A noite em que o verão acabou, romance.    v. 1ª edição, Companhia das Letras, Lisboa 

Viegas, Francisco José                                                                                                                               A luz de Pequim, romance.     v. 1ª edição, Porto Editora, Porto

                                                                           *****

Publicação do livro, Leva-me contigo,de Afonso Reis Cabral                                                              Publicação do livro, Matadores, de Hernani Carvalho

As eleições legislativas para a Assembleia da República decorreram a 6 de outubro e tiveram cono vencedor o Partido Socialista (PS) com maioria relativa. Foram eleitos 230 deputados: 108 do PS, 79 do PPD/PSD, 19 do BE, 12 DO PCP/PEV, 5 do CDS/PP, 4 do PAN, 1 doCHL, 1 do IL, 1 do L.          Reeleição do primeiro-ministro António Costa.

                                                                             2020

Nepomuceno, Nuno                                                                                                                                   A morte do Papa, romance.  v. 1ª edição Cultura Editora, Lisboa

Pereira, Ana Teresa                                                                                                                                   O atelier de noite, romance.    v. 1ª edição, Relógio d'Água, Lisboa 

Serra, Rute de Carvalho (Lisboa, 1975  -), licenciada e mestre em Direito, auditora pública                 A assassina da Roda, romance histórico.     v. 1ª edição, Editora Guerra e Paz, Lisboa

Sobral, Fernando        A grande dama  do chá, romance.    v. 1ª edição, Arranha-céus, Lisboa

                                                                           *****

Aprovação em votação global final do Orçamento do Estado de 2020. Na Assembleia da República foram  aprovados cinco projectos de lei despenalizando a eutanásia. Um vírus, o coronavírus, invadiu a Terra. Uma pandemia que não poupou nenhum país, provocando milhares de mortes e a geral desestabilização social, económica e financeira.


  

   


          






                      


14 de agosto de 2022

Para a História da Literatura Polical P. que um dia alguém há-de escrever - 23-r

                                                                             2015

Almeida. Jacinto Rego de                                                                                                  Paquita, romance.  v. 1ª edição, Sextante Editora, Lisboa                                                         

Araújo, Rui                                                                                                                             A tentação do abismo, romance.  v. 1ª edição, Gradiva, colecção Entre Crimes, Lisboa  

Capuleto, Flavio                                                                                                                   Amar não é pecado, romance. v. 1ª edição, Guerra & Paz, colecção Clube do Livro, Lisboa 

Carmelo, Luís                                                                                                              Gnaisse, romance.   v. 1ª edição, Abysmo, Lisboa

Carvalho, Manuel Cantarino                                                                                               Um crime no Parque das Nações, romance.   v. 1ª edição EdiçõesVieira da Silva, Lisboa

Filipe, Celso (Lisboa, 1964 -), jornalista                                                                                  Escrevam a dizer quem foi ao meu funeral, romance. Uma investigação a cargo de: o picuinhas Poirot, o bonacheirão Maigret, o sedutor Perry Mason e o asceta Nero Wolf.       v. 1ª edição, Planeta, Lisboa.

Garcia, Paulo Bicho                                                                                                               A cruz do assassino, romance.   v. 1ª edição, Esfera do Caos. Lisboa

Gonçalves, Paulo Costa                                                                                                         Sob estranhos céus - O herdeiro de Antioquia - vol. II, romance.                                               v. 1ª edição, Chiado Editora, colecção Revólver, Lisboa  

Janeiro, Catarina (Abrantes, 10/10/1979), escritora                                                         Outubro negro, romance.   v. 1ª edição, Divulgação Editorial (Coolbooks)

Jardim, Pedro (Lisboa, 1976 -), Chefe da Polícia, escritor                                                       O monsro de Monsanto, romance.    v. 1ª edição, A Esfera dos Livros, Lisboa

Macedo, Pedro                                                                                                                          O caso Michael Cross, romance.   v. 1ª edição, Chiado Editora, colecção Revólver, Lisboa

Miranda, Miguel                                                                                                                 Sem coração, romance.  Mário França, o detective privado portuense, a braços com uma investigação digna do seu estatuto de melhor detective do mundo. Nada mais, nada menos, do que o roubo do coração de D. Pedro IV, relíquia guardada em urna no altar-mor da igreja da Lapa, e com ele implicado, a morte suspeita de duas personalidades da cidade invicta. A apoiar Mário França, devido à intervenção de mafiosos nos acontecimentos, a equipa de marginais de Quim Comandos.  v. 1ª edição, Porto Editora, Porto.

Nepomuceno, Nuno                                                                                                                A espia do oriente, romance.  Segundo livro da série Freelancer, nome de código de  André Marques-Smith, da Calmo, agência de espionagem semi-oficial, que é, simultaneamente, director do gabinete de informação e imprensa do Ministério de Negócios Estrangeiros.Um novo personagem entra nesta saga, com quem André vai trabalhar .China Girl, nome de código de  uma jovem e misteriosa mulher, com insuspeitas ligações ao terrorismo internacional, que se oferece á Cadmo como agente dupla.                                   A hora solene, romance. Em luta contra o terrorismo, André Marques-Smith e a espia oriental lutam pela sua sobrevivência e tentam resolver o mistério que os separa.                 v. 1ªs edições, Toopbooks, Liaboa

Paulo, Maria Altiva                                                                                                          Trânsito de Vénus, romance.    v. 1ª edição, Caleidoscópio. Lisboa

Reis, Paulo (Angola, 1957 -) jornalista escritor                                                                 Operação Negócios Privados, romance.   v. 1ª edição, Editorial Planeta, Lisboa

Ribeiro, Maria Antónia, escritora                                                                            Desassossegos, romance.   Mosaico d Palavras, Porto

Sobral, Fernando                                                                                                                  As jóias de Goa, romance. Goa, 1956, e o fim do colonialismo português. As joias de um  marajá são roubadas por um ingl^s que, entretanto, é assassinado.                                        v. 1ªedição, Parsifal, Lisboa.

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Publicação do livro, O dia dos milagres, Francisco Moita Flores                                Publicação do romance, O sonho português, de Pedro Castilho   Publicação do livro, O mapa do tesouro, de Gabriel Magalhães.

A Assembleia da República rejeita o programa do XX Governo Constitucional do primeiro ministro Pasos Coelho.                                                                                                          Tomada de posse do XXI Governo Constitucional do primeiro ministro António Costa

                                                                                                                                                                                                                              2916

Amaro, José                                                                                                                            O vacão sem fajeca, romance.  v. 1* edição, El Pep Books, Porto

Capuleto, Flávio                                                                                                                  Corrupção, romance    v. 1ª edição, Guerra & Paz. Lisboa 

Carmelo, Luís                                                                                                                     Por mão própria, romance   v.  1ª edição, Abysmo, Lisboa

Nepomuceno, Nuno                                                                                                                A célula adormecida, romance   v. 1ª edição, Topbooks, Lisboa

Viegas, Francisco José                                                                                                             A poeira que cai sobre a Terra e outras histórias de Jaime Ramos, contos                          v. 1ª edição, Porto Editora, Porto

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Publicação do romance, A fúria das vinhas, Francisco Moita Flores                                Publicação do livro, Um anjo indicou-me o caminho, de Vitor Vila Verde0

Eleição de António Guterres como Secretário-geral da ONU                                                                    Eleição de Marcelo Rebelo de Sousa a Presidente

A Selecção Nacional de futebol vence em França o Campeonato Europeu da UEFA 

                                                                              2017

Ademar, Carlos                                                                                                                                           Na vertigem da traição, romance      v. 1ª edição, Parsifal P.T., Lisboa

Amaral, Bruno Vieira                                                                                                                             Hoje estarás comigo no paraíso, romance.  v. 1ª edição, Quetzal Editores, série Língua Comum, Lisboa

Amaral, Luís Telles de (Porto) escritor                                                                                                     O diário da pandemia, romance.   V. 1ª edição, Alfarrobos, Porto

Barroso, António José de Moura (Montalegre), escritor                                                                 Dormindo com a tempestade, romance. V. 1* edição, Edições Vieira da Silva, colecção Ficção, Lisboa 

Capuleto, Flávio                                                                                                                                   Inferno em Lisboa, romance.      V. 1ª edição, Cultura Editora, Lisboa

Carmelo, Luís                                                                                                                                       Sísifo, romance.     V. 1ª edição, Abysmo, Lisboa

Ferreira, Reinaldo                                                                                                                                     O mistério da Rua Saraiva de Carvalho, romance.                                                                                  V. 1ªs edições, Dream Editora, em maio, e Pim Edições, em Agosto

Gonçalves, Paulo Costa                                                                                                                       Enigma da mentira, romance.   V. 1ª edição, Chiado Editora, colecção Revólver, Lisboa

Miranda, Miguel                                                                                                                        Demasiado mar para tantas dúvidas, romance.                                                                                         V. 1ª edição, Marcador, colecção Marcador Literatura, Porto

Natário, Anabela                                                                                                                                          Mulheres fora da lei, romance.                                                                                                                V. 1ª edição, Desassossego, Lisboa 

Sousa, Estevão de  (Lisboa, 1937 -), escritor.                                                                                     Rapto em Londres, romance.   V. 1ª edição, Edições Hórus, Almada

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Publicação do livro, A estranha ordem das coisas, de António Damásio                                                      Publicação do livro, Camões e outro contemporâneos. Helder Macedo                                      Publicação do livro, Um lugar no paraíso, Vítor Vila Verde                                                                  Publicação do romance, O mensageiro do rei, de Francisco Moita Flores                                                  Publicação do romance, Ensina-me a voar sobre os telhados, de João Tordo

António Guterres toma posse como Secretário-Geral da ONU                                                           Mário Centeno é eleito presidente do Eurogrupo                                                                                      O Papa Francisco visita Fátima      Salvador Sobral vence o Festival da Eurovisão                                  O Partido Socialista vence as eleições autárquicas com ampla maioria

















   

                                          

2 de agosto de 2022

Para a História da Literatura Policial Portuguesa que um dia alguém há-de escrever - 22

                                                                                  2012

Ademar, Carlos                                                                                                                        O Bairro, romance.        v. 1ª edição, Oficina do  Livro, Lisboa  

Alves, Paulo Bruno (Viseu, 1977 - ), doutorado em Ciências de Comunicação, investigador, escritor.      O crime da Poça das Feitiçeiras, relato. Na primavera de 2007, Gabriel Malafaia, inspector da P. J. do Porto, recebe em herança uma caixa da avó, contendo documentos e livros sobre um caso acontecido nos anos vinte do século passado que abalou a sociedade viseense e ficou conhecida como "O crime da Poça das Feiticeiras.   v. 1ª edição, Edições Esgotadas, Viseu.

Bessa, André Pinto                                                                                                                               Pacto de silêncio, romance. Um thriller que recua até aos anos quarenta e termina nos nossos dias, passando pelo 25 de abril, que assiste a uma turbulenta despedida de solteiro e a uma remodelação ministrial salazarenta, que revela os segredos de uma família inglesa do Douro e os de uma família italiana refugiada, que descobre uma conspiração cada vez mais perigosa.                      v. 1ª edição, Padrões Culturais, Ed., colecção Paixões Mundanas, Lisboa.

Casanova, Rogério (Lisboa, 1980 -), escritor                                                                                                A espiral de Freytag, romance. É um homem de cerca de 40 anos, está morto, tem um cinto apertado à volta do pescoço, um lápis na mão direita e outro na esquerda. Morte por asfixia, diz o patologista. Assassínio, declara o inspector Santiago. Suicídio encenado, afirma o inspector Martel.                  Conto publicado no nº 120 da revista LER, Lisboa.

Darko, Oliviia, paeudónimo d Débira Afonso (Funchal, Madeira, 1977 -), escritora.                                 O filho de ninguém, romance.   1ª edição, Chiado Editora, Lisboa

Faria, David                                                                                                                                         Vidas duplas ou a ilusão dos sonhos, romance.  1ª edição, Jorlis, Edições e Publicações, Leiria

Flores, Francisco Moita                                                                                                                            O bairro da Estrela Polar, romance. Um bairro complicado de Lisboa, onde a polícia só vai bem armada, um bairro onde existe um café chamado "Futuro de Portugal", cujo dono, bem a propósito, é um burlão de alto mérito, onde se alberga uma quadrilha de sete marginais: Tosta Mixta, Zé Cigano, Francisquinho, Batman, Clara, Manuel e Paulo, comandados, não por um machão, do tipo James Cagney, dos filmes, "Inimigo Público" ou "Fuga sanguinária", mas por uma sua versão feminina, mais racional, mais selectiva na sua violência, chamada Diana, personagem central do romance, que se dedica a assaltos e ao tráfico de droga, mas que tem preocupações sociais, sendo uma espécie de Robin dos bosques, roubando aos ricos para dar aos pobres. História de violências, mas também de amizades, de sensibilidades e até de humor.  v. 1ª edição, Casa das Letras, Lisboa.

Lobo, Domingues                                                                                                                             Cartografia dos ossos, romance.  v. 1ª edição, Nova Vega, colecção O Chão da Palavra, Porto

Miranda, Miguel                                                                                                                                           A paixão de K., romance, e Todas as cores do vento, romance. v. 1ªs edições, Porto Editora, colecção Marca d'água, Porto.

Moura, Tiago                                                                                                                                            Os três casos, romance.  v. 1ª edição, Chiado Editora, colecção Revólver. Lisboa.                                

Nepomuceno, Nuno ( Caldas da Rainha, 1978 -), escritor.                                                                        O espião português, romance, vencedor do prémio literário Book It. 2012. Chama-se André Marques-Smith, é funcionário público do Ministério dos Negócios Estrangeiros e, simultaneamente, com o nome de código Freelancer, um espião muito activo e cotado, género James Bond, da Cadmo, organização portuguesa equivalente ao M16 inglês e à CIA americana. Para mal dos seus pecados ele contém em si , na sua existência, um inimaginável segredo, que nunca lhe foi revelado e que, eventualmente, o poderá destruir.   v. 1ª edição, ASA, Lisboa.

Saragoça, Ana (Vieira do Alentejo, 1968 -), actriz, romancista, dramaturga.                                        Todos os dias são meus, romance. Há um crime naquele prédio, e esse é o pretexto para um retrato irónico, crítico, sentido, da sociedade portuguesa, dos seus ridículos, dos seus medos, das suas virtudes, das suas esperanças.   v. 1ª edição, Planeta, Lisboa.

Xavier, António                                                                                                                                         Um crime, romance.     v. 1ª edição, Chiado, colecção Revólver, Lisboa.

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Publicação do romance, No calor dos Trópicos, de Flávio Capuleto                                                  Publicação do romance, Todas as cores  do vento, de Miguel Miranda


                                                                                2013

Adão, César (Coimbra, 27/11/1980 -), escritor, licenciado em História com pós-graduação em Ciências Documentais e Bibliotecas.                                                                                                                 Chamada não atendida, romance. v. 1ª edição, Papiro Editora, Porto.

Amaral, Bruno Vieira (Lisboa, 1978 -), crítico literário, ensaísta, escritor.                                              As primeiras coisas, romance.   v. 1ª edição, Quetzal Editores, série Língua comum, Lisboa.

Baltazar, J. Pedro                                                                                                                                 Linhas invisiveis, romance.  v. 1ª edição, Chiado, colecção Revólver, Lisboa.

Borges, Sabine                                                                                                                                 Antídoto e Veneno, romance.   v. 1ª edição, Chiado Editora, colecção Revólver, Lisboa.

Carvalho, Álvaro (Mata de Lobos, Figueira de Castelo Rodrigo, 1948 -), professor, médico).   Anatomia de um sequestro, romance.  v. 1ª edição, Âncora Editora, Lisboa

Carvalho, Frederico Duarte                                                                                                    O terceiro bispo, romance. Um thriller emocionante, que envolve a Igreja e o Papa, o recente Francisco de seu nome, se desenrola em Lisboa, e, paralelamente, se debruça sobre a história dos alegados milagres de Fátima. v. 1ª edição, Editorial Planeta, Lisboa.

Carvalho, J. Rentes de (Vila Nova de Gaia, 1930 -), escritor.                                             Mentiras e diamantes, romance. De uma mansão algarvia, onde o rico e atraente anfitrião recebe umajovem inglesa que ambiciona ser escritora, irrompe um thriller frenético e violento, de desaparecimentos, homicídios e suicídios, que percorre a Nigéria, Marrocos, Londres e Amsterdão.  v. 1ª edição, Quetzal, Lisboa.

Colaço, Alexandre (1988 -), jornalista. escritor                                                                                                   As crónicas das canções do diabo, romance.  v. 1ª edição, Chiado Editora, colecção Revólver, Lisboa.

Costa, Fernando Santos (Trancoso, 1951 -), escritor.                                                           A mulher que sabia tudo, romance.   v. 1ª edição, Chiado Editora, colecção Revólver, Lisboa.

Macedo, Pedro (Mirandela), escritor                                                                                       Crime na Universidade  e  O espião americano. romances.  v. 1ª edição, Chiado Editora. colecção Revolver, Lisboa.

Matos, Luís Noton de (Lisboa, 14/12/1953 -) futebolista, escritor.                                        A noite em que te vnguei, romance. 1ª edição, Matéria-Prima, Lisboa

Miranda, Miguel e Carlos Queiroga, Suso De Zoro, Bernardo Ajzenberg, Anton Lopo  O crânio de castelão, romance em português e castelhano.                                                    v. 1ª edição, Associação Galega da Língua, colecção Através da Letras.

Neves, Sandra                                                                                                            Homicídio na Câmara Municiopal, romance.  v. 1ª edição, Gradiva, Lisboa-

Pena, Hugo (Montijo) instrutor de condução, escritor.                                                    Porquê eu?, romance.  v. Chiado Eeditora, colecção Revólver, Lisboa.

Pereira, Ana Teresa    A porta secreta, romance. v. 1ª edição, Relógio d'Água, Lisboa

Pereira, Carla                                                                                                            Diamante azul, romance. Dez anos depois de a ter deixado, o agente William regressa `< sua cidade para descobrir quem roubou o diamante azul e não só.                                         v. 1ª edição, Chiado Editora, colecção Revólver, Lisboa.

Rocha, Luí Miguel                                                                                                                  A filha do Papa, romance. Um thriller que envolve dezenas de personagens e de acontecimentos, em que o tema principal é o de uma conspiração que tem por fim provar que o Papa Pio XII tinha uma filha, segredo que o Vaticano quer preservar a todo o custo. O padre Rafael é, uma vez mais, um dos principais intervenientes.                                              v. 1ªedição, Porto Editora, Porto.

Rosado, Pedro Garcia                                                                                                           Morte com vista para o mar, romance.  Gabriel Ponte, inspector da P.J., reformado, regressa à investigação quando a sua ex-mulher, Patrícia, também da P.J., lhe pede auxílio. Morte na arena, romance. Gabriel Ponte, por amizade com uma das vítimas, vê-se envolvido numa perigosa investigação, juntamente com a sua ex-mulher e a jornalista, Filomena Coutinho, sua amante.   v. 1ªs edições, Topseller, Lisboa.

Viegas, Francisco José                                                                                                           O coleccionador de erva, romance.   v. 1ª edição, Porto Editora, Porto

Zimler, Richard                                                                                                                       A sentinela, romance.  O inspector-chefe da P.J., Henrique Monroe, investiga o homicídio do construtor civil Pedro Coutinho.    v. 1ª edição, Pozrto Editora, Porto.

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Publicação do ensaio, Camões e a viagem iniciática, de Helder Macedo                      Publicação do livro, Espelho meu, de Gabriel Maga                                                    Publicação do romance, A paixão de K., Miguel Miranda                                        Publicação do romance, O diletante e a quimera, de Pedro Medina Ribeiro


                                                                          2014

Baltasar, J. Pedro                                                                                                               Linhas invísiveis, romance    v. 1ª edição, Chiado Editora, colecção Revólver, Lisboa

Bessa, André Pinto                                                                                                           Armadilha nos trópicos, romance.   v. 1ª edição, Padrões Culturais Ed., colecção Paixões Mundanas, Lisboa.

Capuleto, Flávia                                                                                                            Inferno Vaticano, romance. v. ª edição, Guerra e Paz,  colecção Clube do Livro, Lisboa 

Flores, Francisco Moita                                                                                                       Segredos de amor e sangue, romance   v. 1ª edição, Casa das Letras, Lisboa

Franco, Bruno                                                                                                          Contagem decrescente, romance.    v. 1ª edição, Chiado Editora, colecção Revólver, Lisboa

Gonçalves, Paulo Costa                                                                                                             O herdeiro de Antoquia, romance.   v. 1ª edição, Chiado Editora, colecçâo Revólver, Lisboa


 

 




 


 



 


  

 

 


31 de julho de 2022

QUESTIONÁRIO

 Na esteira do jornal Público que tem publicado as respostas, de algumas das figuras da nossa praça ao Questionário de Proust, também eu resolvi que o meu Manojas iria responder e publicar as suas respostas, no nosso blogue, ao citado questionário. Vamos lá, então:

Qual a sua ideia de felicidade perfeita?                                                                                                        Viver. Ter vivido. A vida.

Qual é o seu maior medo?                                                                                                                            A morte delas e deles antes da minha, já que temos todos de morrer.

Na sua personalidade, que característica mais o irrita?                                                                                A ansiedade

E qual o traço de personalidade que mais o irrita nos outros?                                                                      A hipocrisia.

Que pessoa viva mais admira?                                                                                                        Confesso que é uma escolha controversa, que pode parecer provocatória, mas reconheço que admiro a personalidade do antigo primeiro-ministro, José Sócrates, pela força mental com que tem lutado pela sua dignidade.

Qual a sua maior extravagância?                                                                                                                 A minha colecção de conchas marinhas e de outros despojos do mar, que me deu muito trabalho e gosto a fazer, e que está sempre pronta a receber qualquer novidade.

Qual o seu estado de espírito neste momento?                                                                                       Com a minha idade e saúde, pergunto-me: o que estou eu ainda cá a fazer?

Qual a virtude que pensa estar sobrevalorizada?                                                                                         A mente capitalista, se é que é um virtude.

Em que ocasião mente?                                                                                                                             Não minto, mas evito dizer: nunca minto

O que menos gosta na sua aparência física?                                                                                            Sou o que sou, sinto-me bem.

Entre as pessoas vivas, qual a que mais despreza?                                                                                      No presente, Volodymir Zelensky, que encabeça um grupo de dirigentes políticos europeus, subalternos, sem vergonha, dos dirigentes políticos do país que anseia ser o dono disto tudo, os EUA. Vaidoso e ganancioso, ele foi dos que provocou. alimentou, e está a alimentar, a guerra Rússia/Ucrânia, uma guerra que está a destruir o seu país e a matar o seu povo. Ele podia tê.la evitado se tivesse mantido a neutralidade do país e desistido da NATO.

Qual a qualidade que mais admira numa pessoa?                                                                                         A honestidade

Diga uma palavra, ou frase, que usa com muita frequência.                                                                         Não digo.

O quê ou quem é o maior amor da sua vida?                                                                                              A Helena, minha esposa, com quem casei  há 63 anos                                                                        

Onde e quando se sente mais feliz?                                                                                                    Quando estou com a minha família, onde estiver.

Que talento não tem e gostaria de ter?                                                                                                         O de escritor.

Se pudesse mudar alguma coisa em si, o que é que seria?                                                                             A idade, para poder voltar a girar à minha vontade: a guiar, a jogar ténis, a ir ao cinema, ao teatro, às livrarias, à praia, ao jardim, etc.

Se houvesse vida depois da morte, quem ou o quê gostaria de ser?                                                        Um filho com mãe e pai, e não um órfão de pai e mãe, desde os 5 anos, como fui.

Onde prefere morar?                                                                                                                                  Na casa onde fui recebido pelos meus avós paternos, e onde ainda moro, há 89 anos.

Qual o seu maior tesouro?                                                                                                                           A minha família, e as minhas colecções de livros e moedas que vou ofertando por ela.

O que considera ser o cúmulo da miséria.?                                                                                                  Ser miserável: pedófilo, invejoso, ladrão, ciumento, aldrabão, mais isto e aquilo.

Qual a sua ocupação favorita?                                                                                                                  Ler, escrever, e pensar na vida: o que ela foi e o que ainda pode vir a ser.

A sua característica mais marcante?                                                                                                            A independência (já perdida)

O que mais valoriza nos amigos?                                                                                                                A amizade

Quem são os seus escritores favoritos?                                                                                                    Foram, porque já lá vão: Camilo Castelo Branco, Aquilino Ribeiro, José Saramago, Jorge Amado, Graciliano Ramos, Raymond Chandler, Constantino Simonov, e ainda são, felizmente: Helder Macedo, Mário de Carvalho, Ken Follett. Tenho, de cada um deles, muito do que escreveram e publicaram.

Quem é o seu herói de ficção?                                                                                                                 São quatro: o vagabundo Charlot, do cinema, e os detectives Sherlock Holmes,  Philip Marlowe  e o comissárto Maigret, da literatura. 

Com que figura histórica mais se identifica?                                                                                       Nunca tive ou senti esse propósito, mas quando me interesso ou penso em figuras históricas as  que se me impõem são; D. Afonso Henriques. que conquistou e fundou Portugal, e Luís de Camões que o cantou e glorificou. Sou um português de gema.

Quem são os seus heróis na vida real?                                                                                                 Todos nós.    

Quais os nomes próprios de que mais gosta?                                                                                             Os nossos (o meu e o deles) e por idades: Manuel (eu), João (irmão), Helena (esposa), Manuel (filho), Teresa (filha), Diana (neta), Beatriz (neta), David (neto). 

Qual o seu maior arrependimento?                                                                                                         Não É o maior, mas o único: o de não ter sido melhor do que fui, e ainda sou, embora agora já pouco interessa.

Como gostaria de morrer?                                                                                                                         , Certamente triste, mas sossegado e bem comigo e com quem cá fica.

Qual o seu lema de vida?                                                                                                                         Lutar por uma vida melhor