1 de julho de 2019

Pela Europa

Às segundas, quartas e  sextas-feiras a última página do jornal Público, a cargo do comentador Rui Tavares, é, maioritariamente, de esquerda, e faço a ressalva porque não quero comprometer Luís Afonso e o seu Bartoon, que estão lá todos dias, ou seja, também às terças, quintas e sábados em que a página é de direita, com o "justiceiro", J.M.Tavares e aos domingos em que ela é o que for, com o ressabiado V. Jorge Silva. Hoje, dia 1 de Julho, é segunda feira, e o artigo de Rui Tavares, historiador, fundador do Livre, europeísta convicto, é sobre a Europa, mais precisamente, sobre a cimeira do Conselho Europeu onde se discute a atribuição dos principais cargos na União Europeia, e intitula-se: "Há maioria para uma eurogeringonça; usem-na". Rui Tavares apela, e bem, aos responsáveis dos partidos de esquerda dos países presentes no Conselho Europeu que se unam e se imponham ao Partido Popular Europeu, de direita, que perdeu a maioria absoluta, embora tenha ficado em primeiro nas eleições, sugerindo uma geringonça à portuguesa. Infelizmente, não é certo que tal venha a acontecer da maneira mais satisfatória. Aguardemos. 
Digo e repito, enquanto as esquerdas não deixarem de digladiar entre si, enquanto não se desempoeirarem, a sério, e a sério se unirem, estarão sempre em desvantagem face à direita, mesmo quando esta possa estar, momentaneamente, na mó debaixo. A direita tem mais capital, tem assim mais poder, e, além disso, tem menos escrúpulos.