6 de janeiro de 2020

ANORMAL

Não, não é todos os dias, mas hoje, o editorial do jornal Público, é muito de aplaudir. Na verdade não é normal, é, sim, incrivelmente anormal, que o presidente de um país democrático se vanglorie, publicamente, de ter mandado assassinar um dirigente, seja ele quem for, de outro país, o qual estava, a demais, de visita a um país terceiro. Na verdade, o presidente da nação mais poderosa do mundo, assim são considerados os EUA, declarou, com alarve orgulho, nas redes sociais, ser um assassino confesso, dado ter mandado matar, por isto e por aquilo, um tal Qassem Soleimani, general do Irão, personagem de grande prestígio, no Médio Oriente. E qual foi a reacção, em particular dos dirigentes políticos dos diferentes  países, perante um acto que fragiliza os princípios que devem vigorar nas relações entre países e povos. Não condenação, repúdio, firme desagrado, mas declarações de circunstância, assobios para o ar, encolher de ombros. Na verdade, como esquecer que Donald Trump é o homem mais poderoso do mundo? Ele assim se julga: América, first!

1 comentário:

Manuel Loureiro disse...

Kim Jongun também é "personagem de grande prestígio" no país dele.
Salazar também era, em Portugal.
Trump também é, entre os seus apoiantes. Até ganhou as eleições. Quanto aos anteriores e à "personagem de grande prestígio" referida acima, não sei não!
Parece que é sempre assim, não é?