14 de outubro de 2021

ORÇAMENTO DE ESTADO

 

Não sou formado em economia nem em finanças, embora tenha frequentado o Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras.  Não acabei o curso por razões que não vêm agora ao caso. Assumo a responsabilidade, e adiante. A verdade é que, depois do liceu, devia ter ido para Letras e não para Ciências, por ter aceitado que na área destas era mais fácil arranjar emprego e ganhar dinheiro. Talvez, mas talvez também tivesse ficado pelo caminho, pelas mesmas ou até outras razões. Enfim, sobrevivi, mas se nunca esqueci, é porque, inteiramente, nunca me perdoei.                                                                   Não é, pois, minha intenção, apreciar o Orçamento de Estado, falta-me competência para tal, mas o espetáculo à volta dele.                                                                                                                                Como está determinado o Orçamento tem que ser entregue no dia 10 outubro. Assim tem acontecido, mas sempre em cima da hora, da meia-noite, como se o tempo para o preparar fosse muito curto e o risco de o prazo não ser cumprido poder acontecer. E se acontecer, o que acontece?                                    A verdade é que a notícia da entrega do orçamento, pelo Ministro das Finanças, ao Presidente da A.R., é sempre dada com algum aparato e aparente  alivio.                                            O Orçamento para 2022 já foi entregue, com o ambiente habitual, seguindo-se agora a apreciação e discussão. Mas os partidos da oposição já disseram ou insinuaram que votarão contra, seja ele qual for, e os da área do Governo também, se ele se mantiver como está, já a pensar na discussão na especialidade.                                     Se o Orçamento for chumbado teremos, quase de certeza, eleições legislativas antecipadas. Quem as quer, quem as deseja? Penso que a Direita, a radical, não a moderada, mais consciente, para esta ainda será cedo.                                                                                                                                                    Quanto à esquerda que suportou a geringonça, sabe-se lá. Como esquecer o PEC4?                                  Apressadamente, como é seu hábito, o P.R. já avisou que o chumbo do orçamento dará origem a eleições. Qual a intenção? Activar ou moderar a oposição? Assustar ou auxiliar o governo?                      E, sim, digam-me lá, porque é que o Governo, o PCP e BE não negociaram, previamente, com serenidade, seriamente, para bem do país, do povo, de Portugal, o Orçamento para 2022?            Atenção, vou repetir-me, sou de esquerda, socialista, não militante partidário, independente. E é tudo, por agora.

 

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