28 de agosto de 2019

LIXO

Li hoje no computador, um artigo do senhor Germano Oliveira, editor online do Expresso, em que o dito procura denegrir a doutora Elisa Ferreira, relatando um episódio acontecido há dez anos, em Outubro de 2009, durante as autárquicas para a Câmara do Porto. O artigo intitula-se A gamela,o insulto a toda a gente decente e as mulheres da nossa vida, começa com o autor a contar que tinha havido um encontro para conversações dado o seu interessa em fazer a reportagem do acontecimento, e logo revela, sem mais nem ontem: "eu estava em vantagem  para o encontro, já sabia coisas dela e ela nada de mim". E logo a seguir informa que o encontro se dera no dia 2 de Outubro, e comenta: "nunca mais nos falámos e eu continuo em vantagem, sei ainda mais coisas sobre ela e você também". Mas que coisas sabia e sabe ele e nós também, conforme insinua? Durante a campanha que antecedeu as eleições, e Germano Oliveira confessa que da parte  dela, teve todas as facilidades para o sua reportagem, mas não da parte de Rui Rio, Elisa Ferreira que era então deputada europeia, atirou, a certa altura, mais precisamente em 1 de Outubro: "Estou disposta a perder a gamela de Bruxelas". O que deu origem a um relato da tese da deputada, que o arquivo online do Expresso ainda guarda: "É uma grande vantagem ter alguém que não vai para a Câmara porque quer protagonismo ou porque quer gamela Eu perco uma gamela em Bruxelas para vir para o Porto por amor da cidade". Houve quem não gostasse da franqueza, mas outros sim. Prosseguindo, o senhor Germano lamenta os elogios à recente Comissária europeia, à sua promoção, criticando, em particular Rui Rio e Paulo Rangel (mas quem não critica hoje estes dois, mesmo à direita), e termina estranhando que o mérito contínuo ainda valha mais que o demérito momentâneo. Coitado do senhor Germano que teve uma gamela atravessada na garganta durante dez anos. Se este artigo não teve, não tem, intenção política, vou ali e já venho.  
Confesso que estive nessa altura no Porto, onde conheci a doutora Elisa Ferreira, assisti a intervenções suas, à polémica sobre o dito, tenho o seu livro Nunca perdi o norte (2009), autografado, e sinto hoje uma grande satisfação pela sua nomeação a Comissária europeia. Ou seja, não me senti insultado pela gamela e não faço portanto parte daquela toda a gente decente do senhor Germano.

1 comentário:

Miss Lady disse...

Fui eu a efitora responsável pela publicação do livro, que teve o lançamento na fantástica livraria Lello.